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Matriz GUT: Do conceito à aplicação prática

O que é a Matriz GUT?


Matriz GUT - Conceito

A Matriz GUT é uma ferramenta bastante utilizada pelas empresas, principalmente, com o intuito de priorizar os problemas e consequentemente tratá-los, levando em conta suas gravidades, urgências e tendências. Essa ferramenta auxilia na formação de estratégias, gestão de projetos e também na coleta de dados (levantamento de informações). Podemos dizer, que a Matriz GUT é bastante similar à análise SWOT e por isso uma complementa a outra, pois ambas podem analisar os ambientes internos e externos da organização, com um diferencial em relação à Matriz GUT, que é a possibilidade de quantificar as informações e de pontuar os itens analisados de acordo com o seu grau de prioridade.


A técnica GUT foi desenvolvida por Kepner e Tregoe, especialistas na resolução de questões organizacionais, e tinha como finalidade orientar decisões mais complexas, ou seja, decisões que envolvem muitas questões. A mistura de problemas por si só gera confusão, e acaba dificultando a visão do administrador na identificação dos problemas prioritários e na sua relevância. Nesse caso, é preciso separar cada problema que tenha causa própria e somente após isso, saber qual a prioridade na solução dos problemas identificados. A Matriz GUT atua justamente nesse aspecto, selecionando e escalonando os problemas, e levando em conta os principais impactos positivos e negativos que a correção dos mesmos pode trazer.


Como montar a Matriz GUT


Tabela Matriz GUT

Pra facilitar o entendimento, nós iremos dividir o processo de montagem da matriz em etapas. 

Primeira Etapa (Listagem dos Problemas)

Para iniciarmos com a Matriz GUT, primeiro é necessário listar todos os problemas e aspectos relacionados às atividades que você deseja analisar. Naturalmente, você deve listar quais são as principais dificuldades e problemas existentes na empresa, levando em consideração os três pontos à serem analisados dentro da matriz (gravidade, urgência e tendência). Durante a montagem da tabela, é importante detalhar corretamente os pontos analisados, contemplando todos os seus aspectos e sendo bem específico, a fim de evitar interpretações confusas e inadequadas. Segue exemplo vide imagem acima.

Segunda Etapa (Pontuação dos Problemas)

Nesta etapa, é dado uma pontuação para cada um dos problemas. As notas são aplicadas de acordo com alguns critérios, que vão desde as situações menos favoráveis (graves) que recebem a nota mais alta (5), até as situações mais favoráveis (leves e brandas) que recebem a menor nota (1). Ao final da pontuação, é identificado o número que mostrará o grau de prioridade dos problemas. Para isso, deve-se multiplicar os quocientes gravidade x urgência x tendência (GxUxT), sendo o problema que obtiver o maior resultado, a principal prioridade a ser corrigida. No caso da figura acima, o principal problema encontrado foi o de "fazer o backup completo do banco de dados", que atingiu 75 pontos na Matriz GUT.

Terceira Etapa (Classificação dos Problemas)

Após identificar, listar e através da multiplicação dos fatores (gravidade, urgência e tendência), atribuir as notas de cada um dos principais problemas identificados, é necessário traçar o plano de ação em relação aos mesmos, levando em consideração cada um dos aspectos da matriz e a classificação (rank final) dos problemas inseridos nela. É válido ressaltar, que a fim de otimizar a tomada de decisão, também é interessante considerar cada um dos fatores de modo isolado, sempre observando suas particularidades e seu grau de relevância. Para deixar essa questão mais clara, podemos especificar os aspectos da seguinte forma.

Elementos da Matriz GUT


Aspectos da Matriz GUT

> Gravidade: Representa o possível dano ou prejuízo que pode decorrer de uma situação. Ele é analisado pela consideração da intensidade ou impacto que algum dos problemas em análise podem ocasionar caso venha a ocorrer. Seus danos podem ser avaliados de forma quantitativa ou qualitativa, com seus efeitos sendo analisados a médio e longo prazo. Sua pontuação segue o critério de  um problema extremamente grave (5), até um problema secundário - sem gravidade alguma (1).

> Urgência: Representa a questão do tempo que existe para resolver um problema, ou uma dada situação. Em termos mais simples, esse aspecto é analisado pela pressão que o tempo impõe, levando em consideração os prazos para a resolução do problema. Quanto maior a urgência, menor será o prazo disponível para resolver o problema em questão e vice versa. A pontuação da urgência de um problema varia desde a necessidade de uma ação imediata (5), até a decisão de que um problema pode esperar (1).

> Tendência: Esse aspecto representa o potencial de crescimento do problema e a probabilidade dele se tornar maior com o passar do tempo. Nesse quesito é preciso analisar o padrão ou a tendência de evolução da situação. A pontuação da tendência de um problema acontece a partir da classificação de que ele irá piorar rapidamente (5), ou de que apenas não irá mudar (1). Todos os aspectos supracitados podem ser frutos de uma soma que complementa o fator multiplicador da Matriz GUT. Vale ressaltar, que no momento da atribuição das notas deve-se levar em conta, principalmente, o caráter tendencioso do problema

Conclusão - Matriz GUT


Matriz GUT

A Matriz GUT é uma ferramenta excepcional para todo e qualquer gestor, pois possibilita uma avaliação quantitativa e qualitativa, fornecendo números consistentes e com um específico grau de prioridade. Com ela, torna-se possível priorizar ações corretivas e preventivas que reduzem, ou extinguem os diversos problemas identificados. Podemos dizer, que nos dias atuais, a Matriz GUT é uma das mais famosas ferramentas para a tomada de decisão e resolução de problemas, uma vez que você pode utilizar esta ferramenta para inúmeras situações, sempre com a certeza de que o resultado final será além do satisfatório.


Além desses atributos, a Matriz GUT é uma ferramenta de extrema simplicidade, fácil de ser montada e aplicada, podendo ser utilizada para diversas finalidades, como também, em conjunto com outras ferramentas da qualidade já conhecidas na administração como a Análise SWOT, o Diagrama de Ishikawa e o Ciclo PDCA, por exemplo. Seu objetivo é priorizar as ações de forma racional, levando em consideração a gravidade, urgência e tendência de um problema, permitindo escolher a melhor tomada de ação. A ferramenta GUT tem a capacidade de estabelecer prioridades, orientando a ação e possibilitando uma visão ampla do que precisa ser realizado.

Com certeza se trata de uma ferramenta de suma importância para a administração de empresas e que deve ser levada em conta por todo administrador de empresas que se preze. Com isso, podemos afirmar que vale a pena aprender a usar a Matriz GUT, principalmente, para identificar os problemas que precisam ser analisados, e assim obter um bom proveito dessa ferramenta. Ela com certeza irá ajudá-lo à priorizar as ações a serem tomadas, a fim de sanar os problemas que afligem sua empresa. Bom, é isso ai pessoal. Caso vocês possuam exemplos de aplicações da Matriz GUT, compartilhem conosco deixando o seu comentário!

Até a próxima!

Autor: Marcelo Bastos.
Referências Bibliográficas:
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo. Atlas, 2012.
KEPNER, C. e TREGOE, B. O Administrador Racional. São Paulo. Atlas, 1981.
OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico. São Paulo. Atlas, 1992.

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Assinatura Equipe de Redação
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O que o comex espera do Brasil em 2014.

Importação x Exportação brasileira em 2014


Made in USA

Não temos previsões esperançosas para o ano de 2014 em relação as exportações do Brasil, ainda mais se as condições forem às mesmas que as adotadas em 2013, onde os resultados da balança comercial brasileira foram os piores dos últimos 13 anos, segundo dados do MDIC. Nossos principais consumidores estão seguindo em desaquecimento em função da crise mundial, principalmente Europa e EUA, diminuindo assim a demanda por nossos produtos.

O Brasil encontra-se em situação bastante complicada quando falamos em comércio internacional, importamos mais do que exportamos, esta é a realidade brasileira, temos uma indústria que produz pouca tecnologia de ponta, necessitando assim comprar em larga escala produtos elaborados e de custo elevado. Sofremos com a insuficiência em combustíveis, mesmo possuindo as maiores reservas de petróleo e gás natural do mundo. Vemos também a dificuldade enfrentada pelo país junto a outros países do MERCOSUL, como a Argentina, por exemplo, seja por instabilidade econômica ou por questões políticas, dificultando a entrada de produtos brasileiros em seu território e aumentando os impostos sobre os mesmos.

A falta de investimento em setores primordiais e no incentivo à exportação são as principais dificuldades a serem enfrentadas pelo Brasil neste ano e pelas empresas que vivem da atividade comercial exportadora. A instabilidade da moeda americana vem trazendo complicações ao setor, apesar dos esforços do governo em mantê-la sob controle. Ainda há questões de ordem diplomática, como as recentes descobertas de espionagem por parte dos EUA à diversos países parceiros, ocasionando a redução da confiança internacional mundial sobre eles, o que é essencial para as relações de comércio entre nações.

Pôde-se ver também no último ano a falta de estrutura de alguns portos brasileiros de suma importância para o escoamento de mercadorias estrangeiras, como o Porto de Santos e o de Natal, por exemplo. Esses dois vêm sofrendo com os gargalos estruturais há anos e pouco ou quase nada é feito. Contudo, há projetos de requalificação dos portos para os próximos anos, principalmente os de Natal e Fortaleza, esses projetos vêm sendo alinhados entre a administração portuária, Governo Federal e iniciativa privada para o aumento na capacidade de armazenagem de contêineres e na profundidade (Calado) para atracação de navios de grande porte. 

O Brasil deverá adotar em 2014 políticas mais duras com relação aos produtos estrangeiros trazidos da China e países da Ásia, por conta do volume em excesso importado ano passado com um preço muito abaixo do nosso mercado, o que afeta de forma direta os produtores nacionais. Políticas de proteção são importantes para evitar práticas desleais de comércio, principalmente daqueles países que possuem baixos custos de produção. O Brasil irá fortalecer suas parcerias regionais já existentes e com os países emergentes (BRICS), procurando também estabelecer novas parcerias ao redor do globo. 

Possivelmente, veremos um fortalecimento na exportação de carne bovina para a china que já atingiu níveis recordes em 2013, sendo 77% superior a 2012, o país é a porta de entrada da carne brasileira na Asia, o que favorece nossa posição neste mercado. Esperamos que apesar de ser o ano da Copa do Mundo no Brasil, os olhos de nossos dirigentes também possam se voltar ao nosso comércio internacional, viabilizando da melhor forma possível o crescimento do setor e o fortalecimento da Nação em âmbito global, buscando principalmente incrementar as exportações brasileiras.

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Assinatura Diego Bezerra

Briefing: Do conceito ao modelo ideal

Qual o conceito de Briefing?


Briefing

O Briefing é um complexo de informações (indicações do que o cliente pretende), assim como uma passagem de dados que ocorre geralmente durante reuniões, a fim de desenvolver um trabalho que descreve a situação de uma marca ou empresa (seus problemas, oportunidades, objetivos e recursos). Considera-se o Briefing como a base do processo de planejamento, sendo bastante utilizado por profissionais da administração, publicitários e consultores. É certo que um Briefing bem elaborado é fundamental para conduzir todo o desenvolvimento de um trabalho sem gerar distorções ou más interpretações, como também para produzir um roteiro de ação que crie a solução que o cliente procura.


No geral, o Briefing é um documento que o profissional de marketing transmite a quem vai realizar uma campanha publicitária, de relações públicas ou de pesquisa de mercado, que serve para encontrar e sistematizar a informação. O ideal para a elaboração desse documento é reunir-se com o cliente, visto que será através de uma entrevista detalhada, que poderemos compreender o que ele realmente deseja. Essa passagem de informações e instruções é feita de modo ordenado, tendo por meta o correto desenvolvimento do plano e dos pontos à serem discutidos no Briefing. Resumindo, seu propósito é a passagem da informação, das pessoas certas para as pessoas certas, e da maneira, hora e custos certos.



Elementos que compõem um Briefing


Se houver uma pesquisa sobre o produto, ela deve ser apresentada à agência, por mais reservada que seja, visto que é justamente nesta fase da campanha que o projeto é dissecado completamente. Pode-se dizer que o Briefing é o primeiro passo na fase de elaboração da campanha, ou seja, início do processo de planejamento. Porém, evidentemente, ele não encerra essa fase do processo inicial, pois junto com ele temos também o estudo do mercado e outras apreciações à serem consideradas. É comum imaginar o Briefing como uma peça essencial para a elaboração de uma proposta de pesquisa de mercado, já que ele é um item chave do planejamento da pesquisa, seguindo de acordo com as necessidades do cliente.

É importante saber que existem diversos modelos de Briefing, e que sua utilização irá depender do cliente e das necessidades que ele possui. Quando bem feito, ele possibilita um raciocínio ordenado, facilita o processo criativo, minimiza a subjetividade e proporciona mais segurança para o setor de atendimento. Dentre os seus principais elementos, nós podemos citar: histórico (do cliente e de sua marca), problemas (o que deve ser resolvido), objetivos da pesquisa (tópicos a serem cumpridos), padrão de ação (recomendações estratégicas), áreas de investigação, público alvo, áreas geográficas, materiais anexos (que farão parte da pesquisa), limitações de prazo e custo.

Um bom Briefing deve apresentar as características do produto, estudar o perfil do consumidor e o seu momento de compras. Basicamente, seu roteiro deve levantar informações acerca do: produto (ou serviço), mercado, consumidores, objetivos e estratégia. É importante ressaltar, que o documento deve ser o mais curto possível, sendo utilizado apenas as informações necessárias e relevantes para o mesmo, uma vez que o excesso de informação, ou a omissão de algum dado importante pode comprometer todo o andamento do projeto e desperdiçar tempo e dinheiro do cliente e da empresa responsável pela ação. O Briefing deve possuir um diálogo contínuo entre o cliente e a agência, onde cada parte deve entender e aceitar suas responsabilidades em relação à outra.

Como elaborar um briefing de sucesso?


O Briefing perfeito
O objetivo principal do Briefing é descobrir o que seu cliente quer, quais problemas ele precisa resolver, quais suas necessidades, e acima de tudo, o que você precisa fazer para saná-las. O intuito de tal documento é facilitar seu trabalho e diminuir as chances de erros e retrabalhos. Para isso, existem alguns aspectos básicos que você deve estar atento para elaborar um Briefing de qualidade, de fácil entendimento, e que sirva como um guia para o projeto em questão. Dentre os principais aspectos, nos podemos citar:

Você precisa ter certeza do que o seu cliente deseja. Descobrir se o mesmo já possui alguma ideia do que quer, ou se deixará tal feito ao seu critério. O importante é ser compreendido, ao mesmo tempo em que satisfaz o seu cliente. Outro ponto importante, é a necessidade de você se adequar ao orçamento disponível, como também ao prazo desejado pelo mesmo. Claro, sempre expondo suas possibilidades dentro dos recursos disponíveis. Para isso, seja realista e objetivo com seu cliente sobre o prazo e orçamento que ele possibilita. Lembre-se, transparência é essencial. Além desses pontos abordados, outro fator essencial é que você precisa saber quem é o público alvo do projeto, ou seja, quem são os clientes do seu cliente. Se ele não sabe quem é seu público alvo, tente perguntar quem seria o consumidor ideal para ele.

Alguns clientes podem querer adaptar algo que já exista, ao invés de criar algo do zero. Para desenvolver o escopo do projeto, basta estar atento ao objetivo do mesmo, pois ambos estão interligados. Sendo assim, entender o que o seu cliente deseja é de vital importância para o sucesso do Briefing. É válido lembrar também, que a maioria dos clientes possuem vontades e desejos distintos, mas nem sempre eles são bons em expressar qual a verdadeira intenção deles. Para contornar esse problema, é viável pedir exemplos do que ele gosta, ou modelos que ele já tenha solicitado. Por fim, faça anotações no seu Briefing, destacando suas partes mais importantes, e usando-o de forma efetiva durante todo o processo.

Conclusão - Briefing de sucesso


No decorrer do texto, entende-se que o Briefing se trata de um conjunto de informações, uma coleta de dados, transmitidos durante uma reunião, que visa o desenvolvimento de um trabalho. De forma simples, ele possui a finalidade de criar um roteiro de ação para encontrar a solução que o cliente procura, ou seja, funciona da mesma maneira que um mapeamento de problemas (uma ferramenta muito indicada para usar no Briefing é a Análise SWOT). Brifar, é resumir em linhas gerais a informação que deve ser transmitida, é reunir as informações necessárias para a ação, pois como disse o publicitário Stalimir Vieira, "é preciso clareza para trabalhar com eficiência".


Como já fora citado, o Briefing deve ser um diálogo, um vaivém contínuo de informações entre o anunciante (cliente) e a agência. Ao transmitir o Briefing para a criação, certifique-se de não apenas conduzir informações frias, mas, sobretudo, transparecer uma atmosfera cativante, que desperte o interesse pelo trabalho, e que ao mesmo tempo, encoraje e inspire a equipe de criação. É obrigação da agência procurar entender ao máximo o projeto, para assim poder enriquecer a compreensão dos seus problemas. Por fim, é válido ressaltarmos alguns pontos, como não ser formal demais na elaboração do Briefing, não ficar preso ao roteiro e não ser excessivamente técnico. Tudo isso para não perder o foco. Caso você não queira se ater a um roteiro, elabore o Briefing à maneira da sua empresa.

Lembre-se, o ideal é procurar responder a 5 simples perguntas:

- O QUE estamos vendendo?
- A QUEM estamos vendendo?
- ONDE estamos vendendo?
- QUANDO estamos vendendo?
- COMO estamos vendendo?

Até a próxima pessoal!

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Marketing Sensorial: Como fazê-lo dar certo?

O conceito de Marketing Sensorial (Marca + Sentidos)


O Marketing Sensorial

O ser humano consegue ser excepcional de várias formas e um dos quesitos mais importantes e singulares que possuímos, é a nossa capacidade sensorial. Essa capacidade de sentir nos torna mais abertos e propensos a construir relacionamentos com as coisas com as quais nos envolvemos, e é justamente nesse aspecto que o marketing sensorial atua. O Marketing Sensorial, ou Brandsense (como também é conhecido), atua como uma vertente do Branding, e defende a exploração de uma marca ou produto (sua construção e desconstrução) por meio dos cinco sentidos. Essa vertente do marketing tradicional que conhecemos possui como principal objetivo, ligar emocionalmente o consumidor à empresa.


A maior vantagem do Marketing Sensorial é a possibilidade da empresa de construir um elo com o consumidor, uma comunicação mais subjetiva e emocional, tudo isso a partir das suas sensações e sentidos. A ideia principal, é fazer da marca uma lembrança agradável ao olfato, tato, audição, visão e paladar, tudo isso sendo possível através de uma experiência sensorial coerente, que permita criar uma explosão de sensações referentes à empresa e as experiências que a mesma proporciona ao cliente. No geral, o marketing sensorial não se trata de uma estratégia qualquer, mas sim uma ação para estimular os sentidos dos consumidores, ou seja, gerar o engajamento dos clientes por meio de vínculos emocionais. 

Os sentidos e a base do Marketing Sensorial


Os sentidos e o Marketing Sensorial

O sistema sensorial é parte do nosso sistema nervoso, e também é o responsável pelo processamento das informações sensoriais que recebemos e interagimos ao longo de nossas vidas. Ele é composto pelos receptores sensoriais, ou melhor dizendo, os pequenos neurônios aferentes, como também das partes do cérebro que estão envolvidas com os sentidos. De forma simplificada, os sentidos são os meios pelos quais os seres vivos percebem e reconhecem outros organismos, ou seja, eles são a principal fonte de trabalho do marketing sensorial. Vale ressaltar, que a comunidade científica acredita na existência de diversos sentidos sensoriais, mas os mais reconhecidos até o momento são cinco ao todo:

#1. Visão: É a habilidade que nos permite ver o que acontece a nossa volta. Por si só, não é um sentido, mas um aglomerado de mais de um deles. Provavelmente o sentido mais utilizado pelos meios de publicidade. Todos os dias somos bombardeados por imagens e informações visuais dos mais variados tipos, cores e aspectos. O principal ponto desse sentido é a identidade visual e o trabalho feito em cima dessa característica. Nesse quesito podemos citar o Itaú, que possui uma das identidades mais fortes do mercado atual.

#2. Audição: É a percepção do som pelo ouvido. As ondas sonoras do aparelho auditivo fazem o tímpano vibrar, que por sua vez, faz os três ossos da orelha (martelo, bigorna e estribo) vibrarem. Todos sabem que quando um som se fixa na nossa cabeça, as vezes parece que nunca mais vamos nos esquecer dele. Talvez por isso, a audição seja o segundo sentido mais trabalhado no marketing sensorial. Ao ouvir um som, diversas sensações e lembranças são ativadas, por isso é muito comum ver diversas empresas trabalharem com melodias durante a apresentação de sua marca.

#3. Olfato: Dentro da cavidade nasal existe um receptor que possui inúmeras terminações nervosas. É através dele que o nervo olfativo encaminha as mensagens (estimulações) atéo córtex cerebral. Na cultura popular é tido como o sentido mais marcante de todos e mesmo assim poucos o reconhecem como estratégia de marca. Por exemplo, quando sentimos um cheiro específico, ele pode nos remeter a memória de alguma pessoa, ou de algum momento específico de nossas vidas, porquê não faria o mesmo com uma marca?

#4. Tato: É uma percepção resultante da ativação dos receptores neuronais, incluindo o folículo do cabelo, língua, gargante, entre outras partes do corpo. Dentro do marketing sensorial, ele é usado principalmente no desenvolvimento do design de produto. Hoje em dia, com produtos e benefícios bastante similares uns aos outros, as embalagens se tornam um diferencial de persuasão e envolvimento, para atingir os consumidores de forma mais profunda e que os faça, de alguma forma, lembrar da empresa.

#5. Paladar: Também conhecido como gustação. É a capacidade de reconhecer os gostos de substâncias, como comida, minerais, etc. No paladar, os principais receptores envolvidos são as células que se agrupam nas chamadas papilas gustativas. É comum, no mercado de luxo, notarmos uma gama de projetos que visam o marketing sensorial e o paladar. Algumas marcas investem em outros sentidos que não são o seu referencial, como por exemplo a  Armani, que além da sua já conhecida linha de roupas, decidiu investir em chocolates para ampliar os valores percebidos pelo consumidor em referência à marca.

A importância do Marketing Sensorial nos negócios


Consumo por meio do Marketing Sensorial
A maioria das empresas ainda não compreendem o por quê de estimular o consumidor de diferentes maneiras, essas empresas ainda desconhecem, ou simplesmente não sabem qual a melhor maneira de se trabalhar o marketing sensorial. Contudo, é importante lembrarmos que as marcas, assim como qualquer outro item, também tem o poder de criar um elo entre ela e o seu consumidor, seja através da sua personalidade ou atitudes, elas conseguem atender às expectativas e necessidades que o seu cliente anseia e possui.

Diversos autores, retratam que os consumidores atuais consideram a funcionalidade, qualidade e características como condições normais aos produtos que encontram no mercado. O que estes buscam atualmente, são experiências, produtos inovadores, comunicações e campanhas de marketing que estimulem os seus sentidos, e que mexam com suas emoções. Nesse aspecto, o marketing sensorial tem como propósito atingir o intangível durante a escolha do consumidor, com isso ele vai muito além das simples funcionalidades e características, trabalhados pela administração de marketing. Enquanto este parte do princípio de que o cliente avalia os produtos por suas características funcionais, o lado sensorial se relaciona às experiências vividas pelo consumidor.

A ideia principal do marketing sensorial é analisar a situação do consumo como um todo. Ele verifica a adequação de um produto ou serviço de acordo com as vontades dos consumidores, seja ela sensorial, emocional, cognitiva, ou comportamental. Sendo assim, podemos afirmar que cada vez mais a sensação de bem estar e de prazer se tornaram mais importantes, até mesmo do que o preço a ser pago. Estimular essas sensações, assim como situações que proporcionem emoções além das habituais é a tarefa do marketing sensorial. No geral, trata-se de remeter o cliente à uma percepção de valor único, proporcionando-lhe uma vivência memorável que o estimulará a repetir e difundir a experiência do consumo, ou seja, a compra.

Conclusão - O Marketing Sensorial (Brandsense)


Uma boa marca consegue criar um universo facilmente reconhecido pelo seu consumidor, que na maioria das vezes nem sequer se dá conta disso, porém devido ao seu subconsciente e das informações que ali se fixaram, acaba criando um certo relacionamento (positivo ou negativo) para com a empresa. As experiências sensoriais são impactantes para o consumidor e, devido a sua força imediata, podem realizar mudanças significativas em suas vidas. Por isso, muitos autores confirmam o marketing sensorial como uma poderosa ferramenta, que agrega valor a diferenciação do produto, mesmo em marcas de menor expressão.


Resumindo, percebemos que o marketing sensorial visa explorar todos os pontos de contato entre a marca e o consumidor, criando um vínculo forte de lembranças, desejos e sensações que irão remeter às memórias do cliente à empresa que conseguiu incluir-se na essência de seu subconsciente. Ele surgiu na tentativa de preencher as lacunas deixadas pelo marketing tradicional, que não englobava todos os aspectos que envolvem a relação entre consumidores e produtos. É importante lembrar, que os sentidos trabalhados no marketing sensorial devem se unir harmonicamente para evitar dissonâncias na percepção da marca pelo consumidor. 

Portanto, podemos perceber que esse lado do marketing se apresenta como uma estratégia que os consumidores sempre buscaram nas suas relações com as marcas, mais atenção, envolvimento, aproximação e diálogo. Curiosidade: Você sabia que os produtos da Apple (empresa de tecnologia americana) contém um cheiro específico para que deficientes visuais consigam notar que o produto que estão tocando e/ou segurando é um produto da empresa? Ou seja, apesar de ser lembrada, principalmente, pela sua inovação, design e qualidade a Apple também trabalha o sentido do olfato como parte da sua estratégia de Branding, o que demonstra que as grandes empresas já trabalham fortemente esse quesito. E você trabalha de alguma forma o marketing sensorial dentro da sua empresa?

Até a próxima!

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A Teoria das Organizações de Max Weber

Weber e a Burocracia


Max Weber e a Teoria das Organizações

A partir da década de 1940, as críticas feitas à escola clássica (pelo seu mecanicismo) e à Teoria das Relações Humanas (por seu romantismo), revelaram a falta de uma teoria mais sóbria, sólida e abrangente, e que orientasse o administrador através de outro ângulo. Devido à sua importância na época, as organizações atraíram a atenção de diversos estudiosos e pesquisadores que se interessavam pelos seus inúmeros processos e métodos, havendo dentre eles, um economista alemão, chamado Max Weber (1864-1920). Weber foi um importante sociólogo, jurista, historiador e economista alemão, sendo também considerado um dos fundadores do estudo sociológico moderno.


Seu trabalho foi tão importante, que diversos outros autores retomaram suas pesquisas e estudos ao longo dos anos. De acordo com Weber, as pessoas orientam as suas ações para uma ordem semelhante, uma vez que seus desempenhos individuais são guiados por normas coletivas e legitimadas. Para ele, uma ordem não é apenas uma forma de codificação de normas convencionais, elas constituem (em termos amplos), um conjunto de normas sociais dominantes. Ainda segundo Weber, as organizações formais se baseiam em leis que as pessoas acreditam serem racionais e adequadas aos objetivos comuns, ou seja, que agem de acordo com os seus interesses e não os desejos arbitrários de alguém. 


Desenvolvimento da Teoria burocrática


Devido à fragilidade e a imparcialidade da teoria clássica da administração e da teoria das relações humanas, muitos autores consideram a teoria das organizações a mais ampla e completa. Na época existia a necessidade de um modelo que fosse capaz de caracterizar todas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos seus membros, e que não fosse aplicável somente a fábrica, mas a todas as formas de organização. Juntando essa necessidade com o crescimento das organizações, ficava claro que as teorias existentes não eram suficientes para responder à situação, por isso, a partir das descobertas do trabalho de Weber as empresas começaram a aplicar o sistema burocrático e seu novo modelo proposto.

De acordo com Weber, qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em leis racionais é burocracia. Uma de suas frases mais conhecidas é a de que "a organização é uma estrutura sistêmica, um grupo organizado e estável de meios adequados a fins". Entretanto, ainda segundo ele, nem todos os grupos sociais são organizações, uma vez que esses grupos se dividem em duas grandes categorias: os primários e secundários. 

> Grupos Sociais Primários: São também chamados de informais, no qual predominam as relações pessoais. Fazem parte desse grupo as famílias, amigos e certos grupos de interesse social ou profissional. Podem ser caracterizados por contatos diretos e indiretos, pois geralmente perduram por um longo tempo. É importante salientar, que neste tipo de grupo as pessoas entram e saem voluntariamente.

> Grupos Sociais Secundários: Essa categoria abrange os grupos formais, já que neles as pessoas possuem uma relação social regida por regulamentos explícitos e categóricos. Tais regulamentos baseiam-se em normas de direito e obrigações para seus integrantes (regras e normas). É o caso de todos os tipos de organizações. Vale ressaltar que neste tipo de grupo existe a definição de objetivos, do uso de recursos e da divisão do trabalho.

Todos os grupos possuem os elementos que definem as organizações, alguns formais regidas por regulamentos e outras informais regidas pelas relações pessoais. Entretanto, apesar dos grupos primários eventualmente se comportarem como organizações, eles não são considerados organizações formais permanentes (empresa ou instituição), visto que podem se diluir com o passar do tempo. As organizações informais não são entidades mecânicas, elas são relacionamentos e interações que se desenvolvem naturalmente entre as pessoas. Por outro lado, as organizações formais são as relações profissionais entre as pessoas, planejada no sentido de facilitar o alcance de um objetivo central para a organização.

Características das organizações Formais/Burocráticas


Weber e a Teoria das Organizações

Para Max Weber, a burocracia é a organização eficiente por excelência, e para conseguir esta eficiência, a burocracia precisava detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas deveriam acontecer. Segundo o autor, as organizações formais apresentam três características principais, que as distinguem dos grupos informais ou primários, são elas: a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo.

> Formalidade: São as normas e regulamentos explícitos que constituem as organizações. São chamadas de leis, que estipulam os direitos e deveres dos participantes (controle). No geral, a organização é ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos que definem seu modo de funcionamento. Percebe-se também, que neste aspecto a organização conta com um caráter formal em seu meio de comunicação e procedimentos.

> Impessoalidade: Essa característica são as relações entre as pessoas que integram as organizações burocráticas. Geralmente são governadas de acordo com os cargos que ocupam, e pelos direitos e deveres desses cargos. É importante ressaltarmos, que a distribuição das atividades da organização também é feita de modo impessoal, ou seja, é realizada de acordo com os termos dos cargos e funções, e não das pessoas envolvidas.

> Profissionalismo: Os cargos de uma burocracia oferecem aos seus ocupantes uma carreira, formação e meios de vida. Sua escolha fica dependente das qualificações do participante. Uma organização burocrática estabelece os cargos segundo os princípios de hierarquia que a regem. Ela também fixa regras e normas para o desempenho do cargo e escolhe seus integrantes de acordo com a competência técnica que possuem.

Categorias e Modelos das organizações


As organizações são definidas de acordo com seu tipo de poder, que consequentemente caracteriza também o tipo de obediência (ou contrato psicológico) que exercem. De acordo com Etzioni, famoso cientista social e estudioso das ideias de Max Weber, o tipo ideal do autor aplicava-se somente às empresas e governos, não abrangendo todas as organizações. Weber considerava as organizações como unidades sociais com objetivos específicos e singulares. Por outro lado, para Etzioni, existem três tipos de organizações:

1 - Coercitivas: No primeiro tipo, enquadram-se as organizações nas quais o controle era exercido por meio de força física e da coerção, e que possuía participantes de nível mais baixo, que estavam impedidos de sair livremente (não existe livre arbítrio). Nessa categoria estão: as prisões, os campos de concentração, etc. Sua principal característica era a ameaça, a violência e o uso real de força.

2 - Utilitárias: Essas organizações controlam seus participantes por meio, principalmente, da remuneração, da recompensa e do benefício. Considera-se como organizações utilitárias as empresas de negócios, que possibilitam a satisfação intrínseca do cargo, além de prestígio e da estima aos participantes (boa perspectiva de carreira). Neste tipo o poder baseia-se no controle dos incentivos econômicos.

3 - Normativas: São as organizações religiosas, políticas ou de cunho ideológico (alto envolvimento moral e motivacional). Ao contrário das organizações coercitivas e utilitárias, as do tipo normativo dependem do comprometimento dos seus participantes, não havendo a necessidade de coerção ou remuneração. Para elas o poder se baseia em um consenso sobre os objetivos e métodos que praticam.

Etizioni ainda considerava a existência de organizações com dupla estrutura de obediência (organizações híbridas), ou dual compliance. Também existiram pesquisas que permitiram a identificação de modelos alternativos ao tipo ideal proposto por Weber. Na década de 60 por exemplo, dois pesquisadores ingleses, Burns e Stalker complementaram as ideias de Weber, sintetizando dois modelos de organização: a mecânica e a orgânica.

1 - Mecanicista: (organizações burocráticas) O tipo mecanicista é o modelo que ajusta-se à condições ambientais estáveis. Suas tarefas são especializadas e precisas e sua hierarquia é muito bem definida. No geral, se baseiam na hierarquia e no comando, e possuem um ciclo de atividades rotineiras que se repetem de maneira indefinida. O tipo mecanicista corresponde à burocracia legal-racional de Weber. 

2 - Orgânico: (organizações flexíveis) Esse tipo é adaptado à condições ambientais instáveis, ou seja, que não são familiares à organização. Suas tarefas passam por mudanças constantes e sua natureza é cooperativa e interativa, o que cria um alto nível de comprometimento com as metas da organização. Esse tipo se baseia no conhecimento e na consulta e possui uma hierarquia flexível, facilitando a amplitude de comando.

Vantagens e Disfunções da Burocracia


Disfunções da Burocracia

Max Weber viu inúmeras razões para explicar o avanço da Teoria Burocrática sobre as outras formas de associação. Para ele, sua teoria proporcionava uma maior racionalidade sobre as ações dos participantes e objetivos da organização, ajudando na precisão e rapidez das atividades, decisões, deveres e obrigações. Ele acreditava que a Teoria das Organizações também reduzia o atrito entre os participantes, pois melhorava a subordinação devido os regulamentos e as leis que possuíam. Segundo seu conceito, a burocracia é a organização por excelência, já que procura os meios mais eficientes para atingir as metas da organização.

Contudo, nem todos compartilhavam da mesma ideia do autor. Alguns pesquisadores da época categorizaram diversas disfunções (problemas e falhas) provocadas pela organização burocrática. As disfunções segundo Perrow, Roth e Merton, que discordaram do tipo ideal de burocracia weberiana, podem ser observadas na figura acima. Apesar das críticas, o cientista social Charles Perrow, por exemplo, defendeu a burocracia como um fator importante para a racionalização da estrutura organizacional. Segundo ele, as disfunções da burocracia eram apenas consequências do fracasso de uma burocracia mal adequada.

Conclusão - A Teoria das Organizações de Max Weber


Considera-se que a grande contribuição de Max Weber para a Teoria das Organizações foi a identificação e hierarquização das estruturas de autoridade. Ao fazê-lo, o autor identificou as razões do desenvolvimento das organizações burocráticas e o seu avanço sobre as demais, além das características que chamou de "tendências variáveis da burocracia". Apesar das críticas e disfunções constatadas na sua teoria, é verdade que as organizações atuais não conseguem fugir do conjunto de características que Weber atribui à burocracia e que acabam se revelando indispensáveis para seu funcionamento. Apesar disto as pessoas passaram dar o nome de burocracia aos defeitos do sistema, o que contrapõe a visão do autor.


Para ele a burocracia moderna não se trata apenas de uma forma avançada de organização administrativa racional, mas sim uma forma de dominação legal. É importante ressaltarmos que a Teoria das Organizações (Burocracia) de Max Weber, não somente "abriu as portas" para a melhoria nas estruturas organizacionais públicas e privadas, como também, ofereceu uma contribuição consistente para o desenvolvimento da estrutura administrativa em nosso país, pois ajudou a combater as práticas patrimonialistas que atrasavam o avanço da administração pública brasileira. E ainda podemos dizer, que sua teoria contribuiu de forma consistente para a compreensão da natureza das organizações sociais e humanas.

Até a próxima pessoal!

Referências Bibliográficas:
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. Elsevier, 2004.
WEBER, Max. A ética protestante e o espírito capitalista. São Paulo. Cia das Letras, 2004.

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[Encerrado] Concurso Caixa Econômica

Concurso Caixa Econômica Federal


Concurso Caixa Econômica

Por: Karina Felício

A Caixa Econômica Federal, divulgou nesta quinta-feira, 23 de janeiro de 2014, o edital nº 01/2014, do Concurso Público destinado a seleção de profissionais para formação de cadastro reserva no cargo de Técnico Bancário Novo, nível médio, da Carreira Administrativa. A organização do certame está sob a responsabilidade administrativo do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB). Podem se inscrever candidatos que possuem certificado do Ensino Médio Completo, expedido por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), Secretarias ou Conselhos Estaduais de Educação.

Aos aprovados cabe realizar atividade administrativa destinada a prestar atendimento aos clientes e ao público em geral, efetuando operações diversas, executando atividades bancárias e administrativas, incluindo a comercialização de produtos e serviços, efetivação de cálculos e controles numéricos, inserção e consulta de dados em sistemas operacionais informatizados e auxílio em sua manutenção e em seu aperfeiçoamento, bem como realização de operações de caixa, quando habilitado, de forma a contribuir para a realização de negócios, possibilitando o alcance das metas, o bom desempenho da Unidade e a satisfação dos clientes internos e externos.

Como remuneração os profissionais farão jus à R$ 2.025,00, além de possibilidade de ascensão e desenvolvimento profissional; participação nos lucros e nos resultados, nos termos da legislação pertinente e do acordo coletivo vigente; possibilidade de participação em plano de saúde e em plano de previdência complementar; auxílio refeição/alimentação; auxílio cesta/alimentação; possibilidade de participação em programa de elevação da escolaridade e desenvolvimento; programas de preservação da saúde, qualidade de vida e prevenção de acidentes; e contrato de trabalho regido pela CLT e, portanto, com direito a FGTS, dentre outras vantagens. A jornada de trabalho é de 6h diárias.

Para se inscrever o candidato deve preencher a ficha disponível no site da CESPE, entre às 10h do dia 24 de janeiro de 2014 às 23h59 do dia 11 de fevereiro de 2014. A taxa de inscrição é de R$ 37,00. O concurso constará de Provas Objetivas e Prova Discursiva, de caráter eliminatório e classificatório e Exames Médicos admissionais, de caráter eliminatório. As provas devem ser aplicadas na data provável de 23 de março de 2014. Os profissionais aprovados e classificados na 1ª etapa, observada a necessidade de provimento e a ordem de classificação, serão convocados para a 2ª etapa. O conteúdo programático pode ser consultado no Edital. O prazo de validade do concurso será de um ano, contado a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período. Mais informações podem ser obtidas no edital completo disponível em nosso site, no link abaixo da notícia, ou no Diário Oficial da União.

Link para o Edital

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Franchising: O que é e como funciona?

Do que se trata o Franchising?


Franchising

O Franchising é uma estratégia em administração que utiliza um sistema de parceria na qual, uma empresa franqueadora (detentora da marca) cede ao franqueado (o autorizado a explorá-la) o direito de uso sobre sua patente, know-how e distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos e serviços. Podemos dizer, que o franchising se trata de um processo de permissão generalizada, um sistema onde permite a união e integração entre a parte franqueadora e toda a rede franqueada, tendo por objetivo a melhora do atendimento posto ao consumidor. De forma resumida, trata-se de uma estratégia que consiste em replicar um conceito de negócio (de sucesso) já existente.


O Franchising B2C (business to consumer) que conhecemos hoje, surgiu em 1951, nos Estados Unidos, onde a fabricante de máquinas de costuras Singer Sewing decidiu conceder licenças para comerciantes independentes interessados na revenda de seus produtos. Em 1898, a General Motors utilizou-se do sistema para expandir a rede de pontos de venda de veículos produzidos pela companhia, era o início das chamadas concessionárias. Logo em seguida, em 1899, a Coca-Cola criou a primeira franquia de produção de que se tem notícia, concedendo licenças para empresários que estavam interessados em comercializar seus refrigerantes. Já no Brasil, o franchising teve início a partir da década de 60.


Como funciona e quais são as características do franchising?


Funcionamento do Franchising

É importante saber que o franqueador não fornece apenas o direito de comercialização de produtos e de concessão de uso sobre a marca, como também compartilha o know-how de como o negócio funciona. Isso ocorre por que ele cede ao franqueado o direito de uso de tecnologia e também de seus sistemas (tudo o que era detido pelo franqueador). Já o franqueado assume todos os custos de montagem e operação da sua unidade, remunerando (sob forma de royalties) a franqueadora pelo uso da sua marca, treinamentos e assistência. É importante lembrar que ambas as empresas (franqueada e franqueadora) são independentes, ou seja, possuem autonomia empresarial, tanto jurídica quanto financeira.

No sistema de franchising, o franqueado possui independência econômica e jurídica, porém, ele não tem nenhuma participação na empresa franqueadora. É importante ressaltar, que o franqueado também não possui nenhuma subordinação trabalhista ou empregatícia para com o franqueador, já que ele constitui uma sociedade empresária para efetuar as operações da franquia. Por meio dessa sociedade, o franqueado explora a marca, comercializa os produtos e/ou serviços e recebe assistência contínua do franqueador. O franqueador ainda deve assegurar ao franqueado exclusividade em um determinado território de atuação (opção que vai de acordo com as cláusulas do contrato).

Dessa forma, entendemos que o franchising é um método de distribuição e comercialização que permite uma empresa ofertar em larga escala seus produtos e serviços que possuem boa aceitação no mercado. O franchising também é um sistema de autonomia relativa, ou seja, mesmo enquanto atuam como pessoas físicas e juridicamente distintas, tanto franqueador quanto franqueado respondem pelos seus atos na rede de franquias. No entanto, na comercialização ambos contam com regras e obrigações claras e exclusivas que cada um deve seguir. É importante ressaltarmos também, que é obrigatória a apresentação de uma circular de franquia por parte do franqueador, indicando as condições do negócio.

Tipos de Franquias no Franchising


Consideram-se quatro tipos de franquias existentes:

1. Franquia do produto: Um dos tipos mais populares de franquia. Consiste na produção e/ou comercialização de bens que são produzidos pelo próprio franqueador, ou por terceiros fabricantes, licenciados e supervisionados pelo franqueador. Esse é o modelo mais compatível com o formato business franchising, no qual o franqueador cede ao franqueado a marca e um conjunto de direitos incorpóreos, para este operar sob sua supervisão.

2. Franquia de serviços: O franqueador treina o franqueado na prestação de serviços de assistência técnica dos seus produtos, fornecendo garantia e peças originais de reposição do seu produto. Nesse modelo o franqueado presta um serviço, seja ele através de uma marca ou um nome comercial licenciados pelo franqueador. Esse modelo de franquia possui sua base nas diretrizes fornecidas pelo franqueador.

3. Franquia industrial: Esse tipo de franquia é referente à fabricação dos produtos. O franqueador, no intuito de descentralizar a produção, cede os detalhes do processo e a tecnologia necessária à um terceiro franqueado. De forma resumida, o franqueado fabrica, ele próprio, o produto a ser comercializado. Tudo isso ocorre, sob uma marca ou nome comercial, segundo as indicações propostas pelo franqueador.

4. Franquia de distribuição: Referem-se à venda de mercadoria adquiridas de terceiros. Os bens são produzidos por terceiros fornecedores, escolhidos pelo franqueador, que dispõe de um sistema central de compras complementado por centrais de distribuição em seus pontos de venda. Em seguida, esses produtos são distribuídos aos franqueados. Nesse tipo de franquia o franqueado se beneficia de assistência técnica e comercial.

Vantagens e desvantagens do Franchising


O franchising é um sistema que demonstra plena evolução e desenvolvimento. Pode-se dizer que atualmente é um dos mais promissores sistema de negócios do mundo, que possui diversas vantagens tanto para os que cedem os direitos de exploração, quanto para os franqueados. Só em 2014, o franchising no Brasil cresceu 7,7%, e alcançou um faturamento de R$127 bilhões. Entre as vantagens podemos citar três que consideramos as principais: a possibilidade de usar uma marca já conhecida, o diferencial pela utilização de produtos que já possuem aceitação do público e o suporte contínuo do franqueador em diversos aspectos (transferência de know-how, manuais, especificações, etc.).

Porém, como todo negócio (sendo ele lucrativo ou não), o sistema de franchising também possui seus pontos negativos. Com relação à essas desvantagens nós elencamos alguns aspectos que valem a pena considerarmos, como por exemplo: a pouca flexibilidade do negócio e do controle sobre as operações, a baixa autonomia do franqueado em relação ao negócio (por exemplo: a escolha do ponto comercial depende da aprovação do franqueador. Esse é um dos pontos relacionado a pouca autonomia no negócio de franquias) e também as altas taxas pagas pelo franqueado ao franqueador (que se trata de um dos pontos negativos mais criticados pelos franqueados). Esses são os principais pontos negativos do sistema.

Conclusão - Franchising


Muitos ainda possuem receios em relação ao mercado de franquias, boa parte devido à autonomia parcial que o negócio propõe, formando um dilema que envolve autonomia x menor risco. Entretanto, percebemos que com o passar do tempo, a competitividade dos mercados torna-se cada vez mais rigorosa, e para aqueles que não possuem tanta segurança em abrir um negócio do zero, precisando planejar tudo, a opção por franquias talvez seja a melhor oportunidade de se dar bem no mercado. É apropriado dizer, que o franchising é o berço do empreendedorismo, pois oferece ao investidor ótimas chances de resultados potencializados pela própria natureza do negócio.


Com isso, percebe-se que apesar da evidente autonomia parcial do negócio ser um ponto bastante negativo, é válido pensar que o mercado de franquias vem demonstrando ser uma ótima opção para os empreendedores que desejam ter um pouco mais de segurança nas suas ações e ao mesmo tempo boas projeções de retorno financeiro. Atualmente nós temos o que poderia ser considerado um "boom" do ramo de franquias, diversos novos empreendedores optam pelo mercado de franquias, devido a estabilidade do sistema e de outros aspectos relevantes. Por isso, pra quem não gosta de correr tantos risco, o franchising pode ser uma opção atraente e ao mesmo tempo rentável.

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Glossário de Comércio Exterior

Glossário de Comércio Exterior


Navios ancorados no porto

Ad Valorem –  Cobrança adicional quando o exportador quer ter a sua carga coberta num valor superior aquele provisionado num b/l comum.

AI – All Inclusive , Todas as taxas e sobretaxas incluídas (na cotação de fretes)

Arrival Notice – Documento que avisa ao consignatário sobre a chegada do navio e confirma o frete e as taxas devidas.

As Freighted – Todas as cargas taxadas na mesma unidade, peso ou medida.

Base Port -  Porto (s) no qual a tarifa padrão se aplica. Servido diretamente pelos armadores que fazem parte do acordo /tarifa.

Bill of Lading (B/L) – Documento legal oficial que informa quem é o proprietário da carga; documento negociável para receber a carga; contrato entre o embarcador e o armador.

B/L Terms -  Todos os detalhes relevantes ao embarque/carregamento.

Box Rate -  Um frete total para mover uma carga em várias dimensões de contêineres da origem ao destino.

BAF (Bunker Adjustment Factor) -  Sobretaxa aplicada pelo armador em cima do frete para cobrir o custo do combustível.

Bunker Surcharge – o mesmo que BAF.

C & F – Cost & Freight – Custo e frete.

CBM – Cubic Meter – Metros cúbicos.

Certificate of Orign – Documento formal declarando origem e detalhes relevantes sobre a carga.

CFS Charge -  Container Freight Station charge, cobrada pelo armador pelo manuseio da carga  (geralmente carga solta) no terminal.

Clean on Board – B/L emitido sem constar exceções.

Conference – Um grupo de armadores que oferecem fretes iguais, Serviço regular de/para os mesmos portos/regiões, valendo-se de regras comuns para o mesmo tráfego.

Commercial Invoice – Documento em papel timbrado do exportador contendo uma descrição acurada da mercadoria e mostrando país ou origem. Deve constar todos os itens a serem embarcados.

Cubic Foot – Pés cúbicos.

Customs House Broker (CHB) – Agente representante licenciado pelo FMC o qual providencia o desembaraço da carga importada,em nome do consignatário, junto à alfandega norte-americana.

Diversion Charge – Taxa por mudar o destino da carga, já embarcada , de um porto para outro. A taxa é cobrada porque a operação vai requerer manuseio de contêineres usando os guindastes.

EIR – Equipment Interchange Receipt . Documento que confirma a entrega do contêiner vazio no terminal designado pelo armador. Neste documento deve-se anotar as condições em que o equipamento foi devolvido (avarias, sujeiras, etc).

EDI – Eletronic Data Interchange – Comunicação de computador para computador  entre o prestador de serviços e seu cliente.

Ex Works – O comprador recebe a carga diretamente da fábrica do vendedor e, à partir daí, arranja o embarque , seguro e outros serviços correlatos por sua conta.

FAK – Freight All Kinds – um frete cobrado por contêiner aonde se pode colocar qualquer tipo de mercadoria.

FAS  - Free Along Side – carga colocada pelo vendedor no costado do navio.

Federal Maritime Comission (FMC) – Agência do governo norte-americano responsável por supervisionar os aspectos regulatórios da indústria do transporte marítimo.

FOB -  Free on board .

Freight Claim – Carta do cliente para o armador constando dados (b/l , temperature chart etc)  que confirmam a ocorrência de danos à carga . Tal carta dá início ao processo de pedido de ressarcimento ao armador.

Freight Collect -  Pagamento do frete a ser efetuado no destino pelo consignatário.

GRI (General Rate Increase) -  Aumento geral de fretes em uma dada conferência ou acordo de tarifas.

House to House -  Carga aceita pelo armador no porto de embarque e entregue no porto de desembarque (ver CY/CY)

IA – Independent Action , quando um armador , membro de uma conferência de fretes, toma uma decisão unilateral de reduzir um frete de tarifa .

IHC – Inland Haulage Charge – Cobrança relativa a transporte interno do contêiner de/para fábrica/porto.

In Bond – Carga que não tenha sido desembaraçada e que esteja seguindo para um determinado ponto sob a responsabilidade do armador .

Laden on Board – Um b/l que indica que uma carga foi carregada no navio.

Letter of Credit -  Documento emitido por um banco autorizando a transferência de fundos do comprador para o vendedor sob termos e condições estabelecidos para transações internacionais.

Letter of indemnity – Libera uma das partes envolvidas de qualquer responsabilidade. Proteção dada para o prestador de serviços (armador p/ ex ) , por escrito, autorizando alguma ação que seja diferente do contratado ou padrão.

Manifest – uma fatura contendo a lista detalhada de toda carga carregada em um navio.

Marks and Numbers – O detalhe identificador em uma embalagem (deve constar no b/l)

Me Too -  O ato de um ou mais armadores seguir o IA de um outro armador.

Negotiable B/L -  B/L negociável ; b/l  original endossado pelo exportador que é usado para negociar documentos com o banco.

Negotiatioting Bank – Banco aonde o exportador negocia os documentos ou aonde os documentos são primeiramente negociados. Normalmente localizado no país de origem.

NOS - Not Otherwise Specified. Normalmente utilizado para acessar fretes para mercadorias não constantes na tarifa e, portanto com um frete único.

Notify Part – Empresa/pessoa que aparece no b/l como parte a ser informada quando da chegada da carga. Pode ser diferente do consignatário.

OBL  -  Bill of Lading original.

On Deck Stowage – Carga estivada no deck do navio.

Open Rates - Fretes estabelecidos para cada aramador individualmente. Estes fretes embora constem na mesma tarifa podem ser diferentes de armador para armador.

Outbound - Embarques de exportação.

Outport – Porto normalmente não servido pelos membros.

Packing List – Lista de pacotes/embalagens para cada embarque mostrando detalhes de peso e medidas individualmente.

Per Diem - Custo por dia. Cobrado por contêiner em poder do cliente por um período estendido; taxa cobrada de uma companhia de transportes rodoviários devido à devolução tardia do contêiner.

P/H - Pier to House.

Scope – Área coberta pelo acordo.

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