Administração Financeira e Orçamentária (AFO)

Conceito de administração financeira e orçamentária


Administração financeira e orçamentária

Continuando nossa série "Conhecendo a Administração", hoje vamos falar sobre uma área não tão querida entre a maioria dos alunos, mas que possui tanta importância quanto as demais áreas da administração. A administração financeira e orçamentária é uma área que trata dos assuntos relacionados às operações financeiras das organizações, tais como as operações de fluxo de caixa, transações financeiras, operações de crédito, pagamentos, etc. A maioria dos casos de falência das organizações ocorre, principalmente, devido a falta de informações financeiras precisas sobre o balanço patrimonial da empresa e problemas decorrentes do setor financeiro.


Muitas vezes as falhas derivam de um controle inadequado, e acometem em grande parte um gestor de finanças (CFO) pouco qualificado e despreparado. O setor financeiro é considerado por muitos o principal combustível de uma empresa, pois se o mesmo não estiver bem das pernas, com certeza a organização não apresentará um crescimento adequado e auto-suficiente. A administração financeira e orçamentária visa a melhor rentabilidade possível sobre o investimento efetuado pelos sócios e acionistas, através de métodos otimizados de utilização de recursos, que por muitas vezes, são escassos. Por isso, todos os aspectos de uma empresa estão sob a ótica deste setor.



Objetivos da administração financeira 


Primeiramente, é necessário dizer que o objetivo primário da administração financeira e orçamentária é a maximização do lucro, ou seja, o valor de mercado do capital investido. Não importa o tipo de empresa, pois em qualquer delas, as boas decisões financeiras tendem a aumentar o valor de mercado da organização em si. Devido a esse aspecto, a administração financeira deve se dedicar a avaliar e tomar decisões financeiras que impulsionem a criação de valor para a companhia. Pode-se dizer que a administração financeira e orçamentária possui três objetivos distintos, que são:

> Criar valor para os acionistas: Como dito acima, o lucro é uma excelente maneira de medir a eficácia organizacional, ou seja, seu desempenho. Contudo, esse indicador está sujeito a diversas restrições, uma vez que é determinado por princípios contábeis, mas que não evidenciam a capacidade real da organização. É importante salientar também que o lucro contábil não mensura o risco inerente à atividade empresarial, pois suas projeções não levam em conta as variações no rendimento.

> Maximizar o valor de mercado: O valor de mercado é considerado um dos melhores critérios para a tomada de decisão financeira. A taxa mínima de atratividade deve representar a remuneração mínima aceitável para os acionistas diante do risco assumido. Nesse objetivo, duas variáveis são importantes de se levar em consideração: o retorno esperado e a taxa de oportunidade. O importante é a capacidade da empresa de gerar resultado, promovendo a maximização do valor de mercado de suas ações e a satisfação dos stakeholders.

> Maximizar a riqueza: Como último objetivo nós temos a maximização da riqueza, ou seja, a elevação da receita obtida pelos acionistas. Esse objetivo é alcançado mediante o incremento do valor de mercado (sucede os objetivos anteriores). O alcance desse objetivo fica por conta dos investimentos em gestão, tecnologia e inovação, assim como no descobrimento de oportunidades futuras. A geração de riqueza não deve ser vista de forma isolada, mas como uma consequência determinada pelos objetivos secundários.

Áreas e funções da administração financeira e orçamentária


Áreas da Administração Financeira e Orçamentária
A administração financeira e orçamentária está estritamente ligada à Economia e Contabilidade, podendo ser vista como uma forma de economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos econômicos, como também em dados contábeis para suas análises.

As áreas mais importantes da administração financeira podem ser resumidas ao se analisar as oportunidades profissionais desse setor. Essas oportunidades em geral caem em três categorias interdependentes:  o operacional, os serviços financeiros e a administração financeira.

> Operacional: As atividades operacionais de uma organização existem de acordo com os setores da empresa. Ela visa proporcionar por meio de operações viáveis um retorno ensejado pelos acionistas. A atividade operacional também também reflete no que acontece na demonstração de resultados, uma vez que é parte integrante da maioria dos processos empresariais e caso não demonstra retorno pode sofrer certo enxugamento. Por outro lado, quando a operação demonstra um retorno acima do esperado ela tende a ser ampliada.

> Serviços Financeiros: Essa é área de finanças voltada à concepção e prestação de assessoria, como também, na entrega de produtos financeiros a indivíduos, empresas e governos. Envolve oportunidades em bancos (instituições financeiras), investimentos, bem imóveis e seguros. É importante ressaltar que, é necessário o conhecimento de economia para se entender o ambiente financeiro e assim poder prestar um serviço de qualidade. As teorias (macro e microeconômicas) constituem a base da administração financeira contemporânea.

> Gestão financeira: Trata-se das obrigações do administrador financeiro nas empresas, ou seja, as finanças corporativas. Questões como, concessão de crédito, avaliações de investimentos, obtenção de recursos e operações financeiras, fazem parte dessas obrigações. Reflete principalmente as decisões tomadas diante das atividades operacionais e de investimentos. Alguns consideram a função financeira (corporativa) e a contábil como sendo virtualmente a mesma. Embora existe uma certa relação entre as duas, uma é vista como um insumo necessário à outra.

Todas as atividades empresariais envolvem recursos e, portanto, devem ser conduzidas para obtenção de lucro (criação de valor é o objetivo máximo da administração financeira e orçamentária). As atividades financeiras de uma empresa possuem como base as informações retiradas de seu balanço patrimonial e do fluxo de caixa (onde se percebe o disponível circulante para investimentos e financiamentos). As funções típicas da administração financeira são: planejamento financeiro (seleção de ativos rentáveis), controladoria (avaliação do desempenho financeiro), administração de Ativos (gestão do capital de giro), administração de Passivos (gestão da estrutura do capital - financiamentos).

Administração de caixa (Gestão Financeira)


A Administração do caixa, ou gestão financeira compreende uma atividade muito importante para a organização. O principal fator de fracassos nas organizações vem sendo apontado como a inabilidade financeira gerencial de seus administradores. É fundamental que o administrador tenha conhecimento acerca dos procedimentos financeiros e contábeis disponíveis, bem como realize o acompanhamento, o controle, reajuste e projeção dos resultados da companhia. O fluxo de caixa é o instrumento que evidencia o equilíbrio entre a entrada e saída de recursos.

É o fluxo de caixa que permite a antecipação de medidas que permitam assegurar a disponibilidade dos recursos financeiros organizacionais. Elaborado em períodos o fluxo de caixa compreende um resumo das despesas, investimentos, receitas, pagamentos, etc. Uma boa administração financeira do caixa, constitui pedra fundamental para a saúde da companhia. Nós podemos dividir a correta administração de caixa em três etapas, que são: o controle sobre as movimentações financeiras (recursos materiais e humanos), a montagem do fluxo de caixa e o custo de capital (que nós falaremos um pouco a seguir).

O Custo de capital pode ser definido como os custos por recursos próprios ou de terceiros usados pela organização. Por isso, a boa administração financeira e orçamentária propõe que para todo investimento deve preceder uma análise de viabilidade econômica-financeira, com o intuito de avaliar as possíveis alternativas ao custo capital. É extremamente importante que o administrador financeiro procure estudar os custos do ciclo operacional e do capital de giro, uma vez que suas alternativas são inúmeras. Vale salientar também que, a utilização de capital de terceiros é vantajosa apenas no momento em que esta apresentar um custo inferior a taxa de retorno prevista.

O Profissional da administração financeira e orçamentária


Responsabilidades do Administrador Financeiro

O principal papel do administrador financeiro é o relativo à tesouraria (setor de finanças), no qual ele é o responsável pela preservação do dinheiro, entrada e saída do mesmo, e logicamente, do retorno exigido pelos acionistas. A função da administração financeira geralmente é associada à um alto executivo denominado diretor financeiro, ou vice presidente de finanças. Comumente a controladoria ocupa-se com o controle dos custos e a contabilidade financeira com o pagamento de impostos e sistemas de informação gerencial. Por fim, o setor de tesouraria é o responsável pela gestão do caixa da empresa.

A administração financeira e orçamentária é vista como uma das áreas mais promissoras em termos de oportunidades no mercado de trabalho. A gestão financeira de uma empresa pode ser realizada por pessoas ou grupos de pessoas, tais como: vice presidente de finanças (CFO), controller, analista financeiro, gerente financeiro e fiscal de finanças. O maior desafio do administrador financeiro é conciliar o equilíbrio entre liquidez e rentabilidade. O primeiro é fundamental para a oxigenação das finanças da empresa, através da utilização do fluxo de caixa que permite a projeção das entradas e saídas dos recursos. Já o segundo, é a capacidade do administrador de investir recursos e conseguir retornar com os lucros desejados.

Todos os administradores de uma empresa, sem levar em consideração as descrições de seu trabalho, atuam com o pessoal de finanças para justificar necessidades de sua área, negociar orçamentos, etc. Aqueles administradores que entendem o processo de tomada de decisões financeiras, estarão mais capacitados a lidar com tais questões e consequentemente captar mais recursos para a execução de seus projetos e metas. Portanto, é evidente a necessidade do conhecimento financeiro para todo administrador que trabalhe de forma direta ou indireta com a administração financeira, uma vez que sabemos, que se trata de uma área vital para o funcionamento de toda e qualquer organização.

Conclusão - Administração Financeira e Orçamentária


Resumindo, a administração financeira e orçamentária é uma ciência objetivada a determinar o processo empresarial mais eficiente de captação e alocação de recursos e capital. Como dito ao longo do texto, a geração de valor é o objetivo máximo da administração financeira, já que fazer com que os ganhos do investimento sejam superior aos custos de seu financiamento é essencial à todo acionista, ou proprietário. Criar valor é uma das responsabilidades do administrador financeiro que vem sendo cada vez mais exigido diante do mercado e da concorrência acirrada.

Em geral, a administração financeira e orçamentária é uma ferramenta utilizada para controlar de forma mais eficaz a concessão de créditos, o planejamento e a análise de investimentos, as viabilidades financeiras e econômicas das operações e o equilíbrio do fluxo de caixa da companhia, visando sempre o desenvolvimento por meio dos melhores caminhos para a boa condução financeira da empresa, além de evitar os gastos desnecessários e o desperdício de recursos (financeiros e materiais). Sua finalidade principal é o alcance do lucro empresarial, através de um controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros.

É importante ressaltar que, diante da crescente complexidade do mercado empresarial (principalmente no que tange o lado financeiro do negócio), o administrador financeiro não deve ficar restrito apenas aos aspectos econômicos. As decisões financeiras precisam levar em consideração a empresa como um todo, uma vez que todas as atividades empresariais possuem participação direta ou indireta nas questões financeiras da organização. Acima de tudo, os resultados financeiros de uma empresa são reflexos das decisões e ações empresariais que são tomadas, independentemente do setor responsável pela ação. Portanto a administração financeira e orçamentária deve apresentar uma postura questionadora, ampliando sua esfera de atuação e importância dentro do negócio.

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Veja também:

-Administração Geral;
-Administração de Empresas;
-Administração de Marketing;
-Administração de Recursos Humanos;
-Administração da Produção;
-Administração de Materiais;
-Administração de Sistemas de Informação.

Autor: Filipe Bezerra
Referências Bibliográficas:
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. Elsevier, 2004.

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Tesouro Direto: O que é e como aplicar?

O que é Tesouro Direto?


Tesouro Direto

Tesouro direto é um programa do governo que fora implementado em 7 de Janeiro de 2002. A iniciativa foi feita pelo Tesouro Nacional em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). O Ojetivo do programa era tornar popular o acesso ao investimento em títulos públicos, possibilitando sua compra por pessoas físicas através da internet. Em geral, o tesouro direto é considerado um investimento seguro e de baixo custo, já que os títulos públicos são considerados ativos de menor risco em relação à economia.

Em relação aos títulos públicos, esses são ativos de renda fixa que se constituem em uma boa opção de rendimento. Os títulos são emitidos pelo Governo Federal (Secretaria do Tesouro Nacional), e possuem o objetivo de "juntar dinheiro" para pagar e financiar suas atividades (saúde, educação e segurança pública), assim como, para auxiliar na captação de recursos para o financiamento da dívida pública. Basicamente, podemos dizer que quando uma pessoa compra um título público, ela está emprestando dinheiro ao governo. 

Como investir no tesouro direto? No geral, as pessoas podem comprar títulos públicos de duas maneiras. A primeira delas é participando de um fundo que invista neles. Nesse caso, a compra dos títulos é realizada por um administrador profissional. A segunda forma é comprar diretamente na Secretaria do Tesouro, pela internet, por meio de um serviço chamado Tesouro Direto. Quem tiver interesse em aprender como investir no Tesouro Direto, o uol economia desenvolveu um passo-a-passo bem bacaca que nós decidimos trazer para vocês. É importante saber, que para investir nos títulos diretamente, o investidor precisa morar no Brasil, ter CPF (Cadastro Pessoa Física) e estar cadastrada em um banco ou corretora autorizada pela Secretaria do Tesouro.

> Cadastro no sistema: Primeiramente é necessário que a pessoa (no caso, o investidor) seja cadastrada em algum dos bancos ou corretoras habilitados para a compra e venda de títulos públicos. Esses bancos e corretoras são formalmente conhecidos pelo nome de Agente de Custódia. Para o cadastro, é necessário entrar em contato com a instituição escolhida e fornecer os dados necessários. Em seguida, o investidor recebe uma senha para ter acesso à operação do programa pela internet. A lista das instituições habilitadas para tal operação, constam na página do Tesouro Direto.

> Compra de títulos: Para efetuar a compra dos títulos, é necessário acessar a área exclusiva do Tesouro Direto e realizar a transação. Ao acessar a área exclusiva, será preciso informar o valor e a quantidade dos títulos a serem comprados. Uma vez selecionados, o sistema irá verificar os limites do CPF, assim como, a disponibilidade dos títulos, para então ocorrer a confirmação. De acordo com o programa, é possível comprar no mínimo 0,2 do valor do título e no máximo R$ 400 mil por mês. Após a confirmação da compra, o sistema informará a data limite para que os recursos estejam disponíveis na conta do Agente de Custódia.

> Venda de títulos: Em relação à operação de venda, também é necessário entrar na área exclusiva para informar o valor e a quantidade de cada título que pretende-se vender. Nestes casos, após receber o valor referente ao título, a CBLC debita os títulos da conta do investidor e repassa o dinheiro para o Agente de custódia (o responsável pelo recolhimento dos impostos e repasse do valor). Os títulos possuem um prazo de vencimento, referente ao dia em que o governo pagará ao investidor o dinheiro que ele investiu. O dinheiro é depositado ou retirado da conta do investidor no dia seguinte ao da ordem de compra ou venda.

Uma vez que o Governo é o credor, os títulos são considerados investimentos de baixo risco, porém, caso o investidor opte por vender seus títulos antes da data de vencimento, o ganho ou perda estará sujeito ao valor de mercado do título naquele momento. Os títulos podem ser pré-fixados, ou pós-fixados. No primeiro caso, o rendimento é definido no momento em que o investimento é feito, ou seja, no momento da compra. Já no segundo caso, o rendimento estará associado a algum índice, como o IGP-M, por exemplo. Como os títulos pós-fixados são indexados a um índice, seu rendimento acaba sendo favorecido num momento de alta dos juros. Já os pré-fixados podem garantir bom rendimento num momento de queda dos juros.

Os principais tipos de taxas e títulos - As operações com títulos públicos, assim como outras, também estão sujeitas ao pagamento de taxas. Normalmente, nós temos duas taxas comuns nesse tipo de operação, que são: as taxas de corretagem e as taxas de custódia.

> Taxa de Corretagem: Basicamente, essa é a taxa cobrada pela corretora para fazer a intermediação do negócio entre o investidor e o sistema. Essa taxa é paga em cada operação de compra e venda de títulos. É importante lembrar também, que o valor da taxa pode variar de corretora para corretora.

> Taxa de Custódia: Essa taxa é cobrada pela BMF&Bovespa sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de guarda dos mesmos e às informações e movimentações dos saldos. Ela é calculada anualmente e cobrada sobre o valor total da operação, sendo proporcional ao período do investimento.

Como em qualquer aplicação de renda fixa sem isenção, os ganhos com títulos do Tesouro Direto também são cobrados impostos. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é devido apenas quando o prazo da aplicação for inferior a 30 dias. Já o Imposto de Renda é sempre obrigatório. A alíquota é de 22,5% do lucro para investimentos de até 180 dias; 20% para 181 a 360 dias; 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de 721 dias ou mais. Em relação aos títulos, os três tipos mais populares entre as pessoas físicas são: 

> LTN (Letra do Tesouro Nacional): esse título possui taxa predefinida no momento da compra. Isso significa que ao adquirir uma LTN o investidor já possui conhecimento sobre os juros que serão pago ao final do período de aplicação.

> LFT (Letra Financeira do Tesouro): É o título com rentabilidade diária vinculada à taxa Selic. Investindo em uma LFT, o investidor não sabe qual será a sua rentabilidade ao final do período, uma vez que, vai depender do desempenho da taxa básica de juros. Esse investimento é indicado para quando houver previsão da Selic subir, o que faz o rendimento desse tipo de investimento ser maior.

> NTN-B (Nota do Tesouro Nacional - Série B): Esses títulos possuem a rentabilidade vinculada à variação do IPCA (índice de preços ao consumidor amplo), acrescida de juros. Assim como na LFT, o investidor não sabe qual será a sua remuneração ao fim da validade do título, já que o rendimento baseia-se no IPCA, índice de inflação que flutua mensalmente. Esse investimento é indicado quando há expectativa de aumento da inflação. (Fonte: Infomoney)

Dúvidas e sites úteis. Maiores informações sobre investimentos em títulos públicos podem ser obtidos no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Portal do Investidor, que também pode ser acessado pelo site da CVM. O site do Tesouro Nacional também oferece informações sobre a negociação de títulos públicos. Se ainda houverem mais questões acerca dos títulos públicos e do investimento no Tesouro Direto, recomendamos a página especial do site Quero Ficar Rico de Rafael Seabra, que conta com uma ótima coletânea de artigos referentes ao assunto. Bom, é isso aí pessoal! Até a próxima, e continuem ligados em nosso portal, pois aqui você encontra tudo sobre administração!

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[Guest Post] Dicas para pagar menos impostos

Dicas para o profissional liberal

Como pagar menos impostos


Saber como administrar uma empresa, seja qual for o seu tamanho ou estrutura, não é das tarefas mais simples. Além da constante busca por clientes e das decisões cotidianas, o profissional de administração também precisa estar atualizado das questões de tributação financeira. Por isso, para aqueles que querem otimizar suas finanças e regularizar a sua empresa, ou seja, estar dentro da lei com o governo e consequentemente pagar menos impostos, elaborei algumas dicas importantes que apresento abaixo:
1. Contrate uma consultoria contábil: Primeiramente lhe indico a contratação de uma consultoria contábil para auxiliar desde a abertura da sua empresa, mas atente-se à qualidade dos seus serviços e não apenas aos valores. Preço é importante, mas não adianta pagar um preço baixo e não ter segurança no serviço que será prestado. Portanto, para não cair em armadilhas solicite indicações de amigos e conhecidos, e avalie as reais condições da consultoria emrpesarial.
Uma dica que costumo dar é sempre que possível procurar tratar estes assuntos pessoalmente, de preferência na sede da empresa. Além de ser uma forma de expor melhor os seus objetivos enquanto contratante, também é uma maneira de ver o atendimento e como a empresa se relaciona com seus clientes.
2. Lembre-se da análise de opção tributária: Ao contratar o serviço para a abertura da empresa, não se esqueça de incluir a análise da opção tributária (Lucro Real, Lucro Presumido ou Simples). Esta opção valerá para o ano todo e  determinará o quanto de impostos a sua empresa pagará. Invista um pequeno tempo para debater o assunto, pois certamente terá um ganho quando fizer a escolha certa.
3. Evite a tentação do jeitinho brasileiro: Não aceite arranjos que possam causar transtornos no futuro, como por exemplo, abrir uma empresa com atividade diferente do que de fato você faz para optar pelo simples. Isso poderá lhe render uma grande dor de cabeça e prejuízo financeiro no futuro.
4. Defina sua atividade: Quando a atividade exercida for impeditiva de opção pelo regime do simples, é provável que a opção seja o Lucro Presumido. Deve-se considerar que estamos tratando de uma atividade que normalmente tem uma margem de lucro alta, pois a maior parte dos profissionais liberais não necessita de estrutura física, e sua cadeia de despesas está muito relacionada ao seu esforço na realização do serviço que ele mesmo realiza.
5. Cobre o balancete mês a mês: Exija da sua consultoria contábil a entrega do balancete mensal. Este detalhe faz toda a diferença, pois além de ser um registro obrigatório para toda e qualquer empresa, será através dele que serão validados os resultados contábeis e as destinações.
6. Dinheiro da empresa é da empresa e não seu: Uma dica bem simples, porém que alguns profissionais liberais ainda teimam em não seguir é. Não confunda o dinheiro da empresa com o dinheiro da sua carteira. É preciso saber separar! 
7. Estabeleça a sua remuneração de forma criteriosa: Lembre-se que você deve manter um pró-labore (remuneração pelo trabalho do sócio), que será a base para o pagamento da contribuição providenciaria (11% descontado do sócio). Além disso, a empresa terá o encargo de 20% de INSS e fará o desconto do imposto de renda pessoa física (sócio) quando o pró-labore for superior a R$ 1.787,77 (de acordo com a atual tabela vigente).
8. Distribua seus lucros com base no balancete: Para obter o melhor resultado (pagar menos imposto dentro da lei), faça a distribuição de lucros, mas atente-se para fazer com base no resultado apurado na escrituração (balancete/balanço). Dessa forma, será possível a realização das transferências dos valores apurados para sua conta corrente (pessoa física) sem o pagamento de impostos, pois a distribuição de lucro é um rendimento isento e não tributável.
9. Escolha pelo regime de caixa: Uma forma de ganhar um prazo maior para pagar os impostos federais é optar pelo reconhecimento das receitas através do regime de caixa. Este se dá somente quando se recebe pelos serviços prestados e não pela emissão da nota fiscal.
10. Seja periódico: Solicite periodicamente o controle das certidões e também da situação fiscal da sua empresa. Com o certificado digital é possível ter acesso de forma prática. A empresa contratada poderá atender este requisito de forma mais pontual.
11. Lembre-se de comparar: Ao final de cada ano, solicite uma análise comparativa da tributação paga por sua empresa em relação às opções permitidas, desta forma você terá informações para, se for o caso, mudar no tempo certo. Solicite também a confirmação da entrega de todas as obrigações da sua empresa, evitando-se o risco de prejuízos e problemas no futuro. Seguindo essas dicas, com certeza, a sua empresa crescerá e você poderá ficar tranquilo em relação a suas obrigações fiscais com o governo. Pense nisso!
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Assinatura Visitante - Vanildo Veras

Conhecendo a Calculadora HP12c

Introdução à calculadora Hp12c


Calculadora Hp12c

Todos sabem que a calculadora hp12c é de extrema importância para o administrador moderno e que ela também é bastante utilizada durante o curso de administração, principalmente, nas matérias de administração financeira. Por isso, resolvemos fazer este artigo para ajudar no entendimento dessa ferramenta tão importante para o administrador. Nosso intuito é fazer um guia simples para ajudar e aproveitar ao máximo o investimento (que com certeza não é barato) feito na calculadora. Ao decorrer deste artigo, veremos como é fácil utilizar a hp12c, entender o funcionamento dela e da sua memória, o significado de algumas das suas teclas e como fazer algumas de suas funções básicas.

Conhecendo a Calculadora Hp12c


Pra começar, devemos saber que para ligar e desligar a calculadora basta apertar o botão ON. Porém, uma coisa que poucos percebem é que no caso de você se esquecer de desligá-la, não haverá problema, pois a calculadora desligará entre 7 e 18 minutos depois do último uso. Outro aspecto importante é a inexistência da tecla =, o que acaba complicando a vida de muita gente. A questão é que na hp12c é utilizado um sistema de memória que armazena os números como parte da equação, isso é possível através da tecla ENTER, a nossa referência de = das outras calculadoras. É válido lembrar que muitas das teclas da executam mais de uma função e que as vezes é possível executar até três funções com uma mesma tecla.

HP12c

Podemos dizer, que as funções primárias da calculadora são todas as suas teclas básicas, que se encontram na cor branca. Já as funções secundárias da calculadora são as que estão com letras douradas e azuis. Para fazer uso de alguma dessas funções, é necessário pressionar a tecla de prefixo apropriada antes de pressionar a tecla da função. Para usar as funções secundárias em dourado, primeiro deve-se pressionar a tecla de prefixo ( f ) e depois a tecla de função, o mesmo ocorre com a tecla de prefixo ( g ) das funções secundárias em azul. Toda vez que uma dessas teclas de prefixo é pressionada aparecerá na tela o indicador de estado f  ou g, que desaparece assim que uma tecla de função seja pressionada.

Entendendo a Memória da HP12c


A hp12c está configurada com um sistema de memória contínua que ajudam a manter os dados guardados mesmo se a calculadora for desligada. Para isso ela possui quatro registros de memória transitória (x, y, z, t), 5 registros financeiros e 20 registradores de armazenamento. Os registradores são designados de R0 a R9 e R.0. a R.9. Para o armazenamento dos números digitados serão utilizadas as teclas STO store de "armazenamento" e a tecla RCL recall de "revocar". Lembre-se que após digitar um número, deve-se clicar a tecla STO e em seguida o número referente ao registro em que se deseja salvá-la. Por exemplo, 5 para a memória R5, ou 3 para a memória R3. (confira os botões na imagem acima).

Para recuperar o valor salvo, deve-se utilizar a tecla RCL e em seguida o número da memória que se deseja recuperar. Por exemplo, 5 para recuperar os valores da memória R5, ou 3 para recuperar os valores da memória R3. Importante lembrar que as teclas pressionadas no modo de programação, são armazenadas na memória de programação da calculadora. Cada dígito, ponto decimal, ou tecla de função é definido como uma programação e é armazenado em uma linha da memória de programação (chamadas de linha de programas). Quando um programa é executado, cada instrução na memória de programação é executada, ou seja, a tecla na linha de programa é acionada (como se fosse feito manualmente).

Funções Básicas da HP12c


> Limpeza do Visor e da Memória: Para limpar apenas o visor da calculadora utiliza-se a tecla ( CLX ) que significa clear (limpar em português). Para limpar toda a memória de registro (exceto a de programação) da calculadora usa-se o prefixo ( f ) e depois ( CLX ) REG, para limpeza dos registros financeiros usa-se  ( f ) e (X troca Y) FIN, já para limpeza do registro de programação usa-se ( f ) e depois ( R seta para baixo ) PRGM.

> Número Positivo ou Negativo: Para selecionar a condição positiva ou negativa do número, você deve utilizar a tecla ( CHS ) e com isso escolher entre o sinal de - ou de + (quando o número estiver sem sinal significa que ele é positivo).

> Notação Decimal: A hp12c possui duas formas de separar a parte fracionária da parte inteira de um número. Para isso utiliza-se o ponto e vírgula. Para mudar de uma forma para outra a calculadora deve estar desligada. Após desligá-la, pressione e segure ( . ) e depois ligue a calculadora pressionando ( ON ), caso queira voltar para a outra forma repita a operação.

> Teclas de Potência e Raiz: São as teclas ( yX ) e ( 1/x ), no qual ( yX ) calcula a potência de um número de modo bem simples e ( 1/x ) calcula o inverso de um número. Já para a função de raiz de um número é necessário utilizar o prefixo ( g ) e depois a tecla ( yX ) função de raiz quadrada.

> Quantidade de casas decimais: Para escolher a quantidade de casas decimais é necessário pressionar a tecla de prefixo ( f ) e o número relacionado ao número de casas decimais desejados. Por exemplo: prefixo ( f ) e depois a tecla de número 5, para deixar cinco casas decimais ativas.

> Movimentando conteúdo dos registradores: Os conteúdos inseridos na calculadora são movimentados através de três possibilidades: quando os valores são inseridos na hp12c por meio da tecla (ENTER), quando são efetuadas operações aritméticas através das teclas soma, subtração, divisão e multiplicação, e quando as teclas (X troca Y) ou (R seta para baixo) são utilizadas. A tecla (R seta para baixo) permite visualizar os números transitórios (x,y,z,t).

Conclusão - HP12c


Nós sabemos que a calculadora HP12c não se encontra na lista das ferramentas favoritas de alguns administradores e principalmente dos estudantes de administração (assim como a administração financeira também não é a matéria favorita da grande maioria). Porém, é importante sabermos, que essa belezinha pode ser de grande ajuda em nosso dia-a-dia, assim como de suma importância para algumas questões profissionais ou relacionadas à administração. Muitos administradores só conseguem exercer suas funções com a devida qualidade por causa do uso correto e eficaz da HP12c. Vale ressaltar ainda que as HPs financeiras utilizam o método de Notação Polonesa Inversa.


Por diversas vezes, sendo no trabalho, ou na vida pessoal nós temos de lidar com questões financeiras e obviamente precisaremos conhecer o mínimo sobre a calculadora hp12c e suas principais funções. É justamente por esse motivo que essa ferramenta tem sua relevância reconhecida pela maioria dos profissionais de administração, como também por uma boa parcela dos estudantes do curso (pode ter certeza de que sem ela você não irá se formar). Por fim, existem três modelos da calculadora HP12c: a gold, a platinum e a prestige. Para não perderem nenhum post, fiquem ligados através na nossa newsletter e deixem opiniões sobre o que vocês acham da HP12c e como vocês lidam com ela no dia-a-dia.

Até a próxima pessoal!

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CDB: O que é e como investir?

Você deve investir no CDB, ou não?


CDB - Certificado de Depósito Bancário

Muita gente fica na dúvida na hora de investir o suado dinheirinho de todo mês, e dentre todas elas, a dúvida mais comum fica entre as duas aplicações mais populares dos bancos: a poupança e o CDB. Devido a mudança que ocorreu em 2012 na poupança, muitos decidiram migrar a sua reserva e procurar novas opções de investimento. Uma das opções existentes é o CDB, entretanto muitos ainda o desconhecem ou não sabem se o dinheiro após aplicado, realmente irá render nesse tipo de investimento.

Essa questão pode depender de "n" fatores, porém, existem duas perguntas que podem ser feitas para sanar esse problema - quanto tempo o dinheiro ficará aplicado e quanto dinheiro será aplicado no CDB? Por isso, decidimos que seria interessante falarmos um pouco sobre do que se trata o CDB e quais as vantagens que o mesmo proporciona. O CDB (certificado de depósito bancário) é uma espécie de título privado - títulos de renda fixa, emitidos unicamente pelos bancos financeiros do país.

As instituições financeiras emitem esse título com o objetivo de se capitalizar (arrecadar fundos para as atividades de crédito). De maneira mais simples, podemos dizer que se trata de um empréstimo feito por você ao banco e que em troca esse empréstimo (o seu dinheiro) terá uma rentabilidade diária. Em relação aos riscos do investimento, não tenha medo - para os casos de falência ou quebra do banco, o investimento é garantido até o limite de R$ 250 mil, tal garantia é feita pelo FGC (fundo garantidor de crédito) preservando a segurança do investidor. No total, existem três tipos de CDB:

> Prefixado: Os CDBs prefixados são títulos que não possuem prazo mínimo (longo vencimento), seus vencimentos não podem ocorrer em sábados, domingos ou feriados e sua rentabilidade é determinada na hora da aplicação. Eles são uma ótima opção para os investidores que possuem um perfil mais conservador, que não arriscam tanto e que desejam ter conhecimento de quanto irão receber o vencimento da aplicação.

> Pós-fixado: Os CDBs pós-fixados possuem um rendimento baseado em cima de indicadores variáveis e inconsistentes, sendo o principal deles o CDI (certificado de depósito interbancário) que é bem próximo da Selic (taxa básica de juros nacional). Esse tipo de investimento é o mais recomendado para as pessoas que possuem um perfil mais flexível, que gostam de arriscar e que não possuem receio em correr um "mínimo" aceitável de risco existente.

> Com Swap: Os CDBs com Swap podem negociados com remuneração pré ou pós-fixada de acordo com o desempenho de certos indicadores - geralmente índices de inflação ou uma taxa de juros prefixada. Essa modalidade de investimento do CDB é recomendada tanto para pessoas com perfis conservadores, quanto para as pessoas com perfil flexível. É uma modalidade especial que permite uma variabilidade do rendimento.

Tributos e Rendimento da aplicação?

A tributação dos CDBs é semelhante a maioria das aplicações de renda fixa, existindo uma tributação de IOF (imposto sobre operações financeiras) para aplicações de menos de 30 dias. Outro tributo para todos os casos de investimento em CDB, é o Imposto de Renda. A alíquota varia de acordo com o prazo de aplicação. É importante lembrar também que a operação possui a taxa de administração que varia de banco para banco, porém usualmente fica entre 1 a 2%.

A questão dos rendimentos vai depender do tempo e da quantia aplicada, a relevância do tempo ocorre devido à influência do imposto de renda sobre o investimento. Entre as principais transições de período da aplicação (181 - 360 a 361 - 721, por exemplo) a redução do imposto é bastante significativa. Outro fator importante é que nem todo CDB possui liquidez diária, ou seja, torna-se necessário esperar o prazo de carência terminar para resgatar o dinheiro, entretanto, geralmente o retorno é mais interessante ao fim do prazo. Quanto à quantia, é mais vantajoso quando você possui mais para investir, pois quanto maior o valor aplicado melhor o rendimento (alguns bancos pagam mais juros se o valor investido for maior). Por isso, é sempre bom pesquisar quanto os bancos estão oferecendo pelo valor do investimento.

Também é importante sempre ter em mente algumas questões, como: decidir bem antes de aplicar, qual título investir - escolhendo entre o pré e pós-fixado ou ainda o swap. Se caso a taxa de juros estiver em alta, mas com tendência de queda os mais indicados são os prefixados. Já os pós, são indicados quando a taxa está a subir ou permanecerá em alta (por exemplo, atualmente a Selic se encontra em 10% e previsões indicam um aumento já na reunião do Copom esse mês). Quanto ao CDB Swap a indicação é para quem quer proteger o poder de compra no longo prazo e obter um ganho real.

Outro ponto relevante, é caso você decida investir mais de R$ 250 mil, lembre-se de utilizar diferentes instituições bancárias, ou até mesmo investir parte em seu nome e a outra parte em nome da(o) sua(seu) esposa(o). Por fim, sempre negocie a taxa, o retorno costuma variar de banco para banco (infelizmente, os maiores pagam menos). Pesquise por bancos que ofereçam a maior remuneração (geralmente bancos menores), isso pode fazer uma grande diferença no longo prazo, visto que a maioria dos "grandes" bancos não pagam juros altos, geralmente abaixo de 90% do CDI, quando o investimento é baixo principalmente (abaixo de R$ 10 mil). Até a próxima galera e continuem ligados aqui no portal administração!

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[Guest Post] Bolso são, mente sã

A importância da saúde financeira



Monte de dinheiro

O primeiro sintoma de que as finanças pessoais não vão bem é o surgimento daquela inconveniente insônia. Com isso, vem a sonolência e o cansaço diurnos, a falta de concentração, a impaciência com pequenas questões rotineiras, as recorrentes discussões familiares e no ambiente de trabalho, a angústia permanente e a sensação de que se está em um caminho sem retorno. O agravamento da crise pode impactar implacavelmente, inclusive, na saúde física do indivíduo. Mas como proceder em um momento em que o orçamento está no vermelho e que a vida parece que está do avesso? 

O importante é manter a cabeça fria e priorizar a razão. Admitir que perdeu o controle das finanças e que é preciso agir imediatamente já traz ao devedor a percepção de que está tomando novamente as rédeas da situação e a autoestima e a paz de espírito já começam a retornar. Dividir a dificuldade com pessoas próximas e confiáveis também é essencial. Alguém que está de fora pode identificar soluções criativas e simples, que, na maioria das vezes, não estão visíveis para quem está imerso no problema. Procurar ajuda profissional, como a de um consultor financeiro, pode ser uma boa opção.

Também é imprescindível cortar radicalmente as despesas supérfluas e colocar no papel todos os débitos pendentes de pagamento, priorizando aqueles que estão sendo corrigidos com taxas de juros mais caras, como os provenientes do uso inadequado do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito. O inadimplente deve procurar os credores e mostrar-se disposto a regularizar a sua vida financeira. Renegociar é a palavra chave.

Já com a vida em ordem, é importante fugir das conhecidas ciladas do consumo por impulso e da incorporação dos limites de crédito à renda mensal. Adotar uma planilha para o controle do planejamento financeiro é um procedimento bastante saudável para quem deseja manter o bolso e a mente em equilíbrio e harmonia. A busca pela informação também deve ser um hábito a ser adotado e revisitado todos os dias. Hoje a internet é uma fonte riquíssima de conteúdo, inclusive sobre o mercado financeiro e sobre o universo dos investimentos. 

Basta procurar fontes e canais confiáveis para que esta valiosa troca de experiências possa promover as melhores tomadas de decisão. Em um mundo globalizado e tão calcado em tecnologia, o conhecimento e a educação financeira são caminhos eficazes para o sucesso nesta empreitada. E, por fim, comece a poupar. Identifique seu perfil, defina um objetivo e descubra qual o seu apetite por riscos. Guardar dinheiro regularmente, mesmo que uma pequena parcela do salário, pode ser a garantia de um futuro tranquilo ou a realização de um sonho de consumo, como um automóvel, um imóvel ou aquele tão planejado curso no exterior.

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PIB - Do conceito à estimativa

Entenda as peculiaridades do PIB - Produto Interno Bruto


PIB - Produto Interno Bruto

O Produto Interno Bruto é o principal medidor do crescimento econômico de uma região, seja ela uma cidade, um estado, um país ou mesmo um grupo de nações. Sua medida é feita a partir da soma do valor de todos os serviços e bens produzidos na região escolhida em um período determinado. O PIB foi criado pelo russo naturalizado americano, Simon Kuznets, na década de 1930, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Economia em 1971. Atualmente, o PIB continua sendo um indicador importante do desenvolvimento econômico de um país, embora o próprio economista que o criou tenha pontuado, durante um discurso no Congresso dos Estados Unidos, que: “A riqueza de uma nação dificilmente pode ser aferida pela medida da renda nacional.” (Kuznets, 1932)

O método moderno de aferição do desempenho dos diversos setores da economia foi estabelecido pelo economista britânico Richard Stone (1913-1991). Ele formulou os princípios do cálculo na década de 1940. Stone foi imediatamente reconhecido, como fica claro pela adoção quase instantânea de seu método em quase todo o mundo. Outra forma de reconhecimento foi o Nobel de Economia, com o qual o economista foi agraciado em 1984. A medição foi aplicada no mundo e no Brasil em 1948, ficando em seguida sob responsabilidade do Fundo Monetário Internacional (FMI) – que tratou de espalhar seus conceitos às nações. No Brasil, a responsabilidade pelo cálculo, esteve a cargo da Faculdade Getúlio Vargas até 1990, em seguida, o IBGE passou a fazer a medição.

Curiosidades sobre o PIB - Produto Interno Bruto


O método de aferição do PIB, nem sempre foi o mesmo. O método foi modificado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no mundo diversas vezes – o mesmo ocorrendo no Brasil. Um exemplo: até 2000, algumas atividades econômicas ficavam de fora das estatísticas ou tinham peso menor no cálculo do que seu real valor na economia. É o caso da consultoria de software, processamento de dados, agências de notícias, atividades de cinema, rádio e TV, serviços de telefonia celular e serviços financeiros.

1. Qual a diferença entre PIB nominal e o PIB real? O PIB nominal é valor calculado levando-se em conta os preços do ano corrente: ou seja, se houver inflação no período, ela será contabilizada no resultado final. Já o PIB real é medido com o preço fixado no ano anterior, tirando-se desse cálculo o efeito da inflação. 

2. Como é calculado o PIB per capita? Para se chegar a renda per capita de uma região, basta dividir o valor PIB pelo número de habitantes dessa área em estudo. No caso do Brasil, teríamos o seguinte: PIB (2,889 trilhões de reais*) / 190 milhões de habitantes** = 15.205 reais / habitante. Isso significa que, em um ano, cada brasileiro seria responsável em média pela produção de riquezas correspondentes a 15.205 reais.

3. Instituto Responsável? Exclusivamente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição federal subordinada ao Ministério do Planejamento é responsável pelo PIB, de acordo com Cláudia Dionísio, economista da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, muitos dados utilizados para a apuração do PIB brasileiro são sigilosos. Isso porque algumas empresas privadas não divulgam seus resultados e mandam os dados para o IBGE, sob a garantia de sigilo. Dessa forma, outros analistas não teriam condições de determinar qual o valor correto, mas apenas realizar estimativas sobre o desempenho da economia.

Produto Interno Bruto x Economia brasileira


No último relatório divulgado esse ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a instituição manteve a projeção de aumento do PIB brasileiro em 2,5%, sugerindo que o país deve continuar combatendo a inflação com juros mais altos. Na reunião mais recente do Comitê monetário do Banco Central, foi exatamente isso que aconteceu, quando a taxa básica de juros da economia subiu neste mês de 9% para 9,5% ao ano - uma alta de 0,5 ponto percentual. Como consequência dessa decisão, a taxa chegou ao maior patamar em um ano e meio e o Brasil voltou a liderança mundial de juros reais (3,5% ao ano).

Essa foi o quinto aumento consecutivo da taxa, fato que vem acontecendo desde abril deste ano, o que levou os juros ao maior nível desde março de 2012. Tal acontecimento vai contra a política pregada por Dilma, que nos últimos anos destacou a redução da taxa e também pressionou os bancos a reduzirem  suas taxas ao consumidor. Por isso, diversos economistas exemplificam esse fato a má qualidade da administração do governo de Dilma. 

Dessa forma, no meio dessa falta de sintonia entre governo e instuição, o Banco Central  para atingir as metas pré-estabelecidas de inflação, tem que ajustar os juros tendo por base o IPCA, ou seja, ao subir a taxa o BC controla a inflação e ao baixar, teoricamente, julga que as metas estão compatíveis. As metas de inflação para 2013/14, são de 4,5%, caso suba ainda mais, prejudica o consumo e consequentemente o povo brasileiro. Realmente não tem muito o que se fazer, a não ser esperar pelos resultados desejados, que nós também cobiçamos - baixa inflação, juros aceitáveis e alto crescimento do PIB. Acredito que boa parte dos brasileiros se consideram viver num país emergente, por isso suponho, que assim como eu, ninguém goste de ver um crescimento de 0,9% (Brasil-2012), diante do crescimento de um companheiro emergente de 7,8% (China-2012), por exemplo. 

Até a próxima pessoal! 

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Redação Portal Administração
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