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PIB - Do conceito à estimativa

Entenda as peculiaridades do PIB - Produto Interno Bruto


PIB - Produto Interno Bruto

O Produto Interno Bruto é o principal medidor do crescimento econômico de uma região, seja ela uma cidade, um estado, um país ou mesmo um grupo de nações. Sua medida é feita a partir da soma do valor de todos os serviços e bens produzidos na região escolhida em um período determinado. O PIB foi criado pelo russo naturalizado americano, Simon Kuznets, na década de 1930, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Economia em 1971. Atualmente, o PIB continua sendo um indicador importante do desenvolvimento econômico de um país, embora o próprio economista que o criou tenha pontuado, durante um discurso no Congresso dos Estados Unidos, que: “A riqueza de uma nação dificilmente pode ser aferida pela medida da renda nacional.” (Kuznets, 1932)

O método moderno de aferição do desempenho dos diversos setores da economia foi estabelecido pelo economista britânico Richard Stone (1913-1991). Ele formulou os princípios do cálculo na década de 1940. Stone foi imediatamente reconhecido, como fica claro pela adoção quase instantânea de seu método em quase todo o mundo. Outra forma de reconhecimento foi o Nobel de Economia, com o qual o economista foi agraciado em 1984. A medição foi aplicada no mundo e no Brasil em 1948, ficando em seguida sob responsabilidade do Fundo Monetário Internacional (FMI) – que tratou de espalhar seus conceitos às nações. No Brasil, a responsabilidade pelo cálculo, esteve a cargo da Faculdade Getúlio Vargas até 1990, em seguida, o IBGE passou a fazer a medição.

Curiosidades sobre o PIB - Produto Interno Bruto


O método de aferição do PIB, nem sempre foi o mesmo. O método foi modificado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no mundo diversas vezes – o mesmo ocorrendo no Brasil. Um exemplo: até 2000, algumas atividades econômicas ficavam de fora das estatísticas ou tinham peso menor no cálculo do que seu real valor na economia. É o caso da consultoria de software, processamento de dados, agências de notícias, atividades de cinema, rádio e TV, serviços de telefonia celular e serviços financeiros.

1. Qual a diferença entre PIB nominal e o PIB real? O PIB nominal é valor calculado levando-se em conta os preços do ano corrente: ou seja, se houver inflação no período, ela será contabilizada no resultado final. Já o PIB real é medido com o preço fixado no ano anterior, tirando-se desse cálculo o efeito da inflação. 

2. Como é calculado o PIB per capita? Para se chegar a renda per capita de uma região, basta dividir o valor PIB pelo número de habitantes dessa área em estudo. No caso do Brasil, teríamos o seguinte: PIB (2,889 trilhões de reais*) / 190 milhões de habitantes** = 15.205 reais / habitante. Isso significa que, em um ano, cada brasileiro seria responsável em média pela produção de riquezas correspondentes a 15.205 reais.

3. Instituto Responsável? Exclusivamente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição federal subordinada ao Ministério do Planejamento é responsável pelo PIB, de acordo com Cláudia Dionísio, economista da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, muitos dados utilizados para a apuração do PIB brasileiro são sigilosos. Isso porque algumas empresas privadas não divulgam seus resultados e mandam os dados para o IBGE, sob a garantia de sigilo. Dessa forma, outros analistas não teriam condições de determinar qual o valor correto, mas apenas realizar estimativas sobre o desempenho da economia.

Produto Interno Bruto x Economia brasileira


No último relatório divulgado esse ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a instituição manteve a projeção de aumento do PIB brasileiro em 2,5%, sugerindo que o país deve continuar combatendo a inflação com juros mais altos. Na reunião mais recente do Comitê monetário do Banco Central, foi exatamente isso que aconteceu, quando a taxa básica de juros da economia subiu neste mês de 9% para 9,5% ao ano - uma alta de 0,5 ponto percentual. Como consequência dessa decisão, a taxa chegou ao maior patamar em um ano e meio e o Brasil voltou a liderança mundial de juros reais (3,5% ao ano).

Essa foi o quinto aumento consecutivo da taxa, fato que vem acontecendo desde abril deste ano, o que levou os juros ao maior nível desde março de 2012. Tal acontecimento vai contra a política pregada por Dilma, que nos últimos anos destacou a redução da taxa e também pressionou os bancos a reduzirem  suas taxas ao consumidor. Por isso, diversos economistas exemplificam esse fato a má qualidade da administração do governo de Dilma. 

Dessa forma, no meio dessa falta de sintonia entre governo e instuição, o Banco Central  para atingir as metas pré-estabelecidas de inflação, tem que ajustar os juros tendo por base o IPCA, ou seja, ao subir a taxa o BC controla a inflação e ao baixar, teoricamente, julga que as metas estão compatíveis. As metas de inflação para 2013/14, são de 4,5%, caso suba ainda mais, prejudica o consumo e consequentemente o povo brasileiro. Realmente não tem muito o que se fazer, a não ser esperar pelos resultados desejados, que nós também cobiçamos - baixa inflação, juros aceitáveis e alto crescimento do PIB. Acredito que boa parte dos brasileiros se consideram viver num país emergente, por isso suponho, que assim como eu, ninguém goste de ver um crescimento de 0,9% (Brasil-2012), diante do crescimento de um companheiro emergente de 7,8% (China-2012), por exemplo. 

Até a próxima pessoal! 

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Redação Portal Administração
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