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A Estratégia Competitiva de Michael Porter

Quem é Michael Porter?


Michael Porter - Estratégia Competitiva

Nascido em Michigan, em 1947, Michael Eugene Porter é um professor da Harvard Business School, com ênfase nas áreas de administração e economia. Atualmente Porter é considerado um dos maiores especialistas sobre competitividade estratégica e planejamento empresarial, assim como as duas áreas acadêmicas supracitadas. Ele possui inúmeros livros bastante utilizados pelos alunos dos cursos de administração, economia e marketing. De forma surpreendente tornou-se professor de Harvard ainda jovem, aos 26 anos, após se licenciar em engenharia mecânica e aeroespacial pela Universidade de Princeton e obter um MBA e doutorado em gestão empresarial - ambos em Harvard.


Michael Porter possui um papel muito importante para a política econômica mundial. Ele sempre auxiliou como consultor diversas empresas americanas e internacionais, além de ser considerado, como já ressaltamos acima, a maior autoridade quando o assunto é estratégia competitiva. Após o lançamento do seu livro, As Vantagens Competitivas das Nações, em 1989, Porter conseguiu estender a sua análise para além das organizações e empresas, atingindo também o seguimento das nações, fato que lhe proporcionou prestar consultoria para diversos países ao redor do mundo, como também de se tornar ainda mais reconhecido no ramo corporativo e empresarial. Abaixo veremos suas contribuições.



Entendendo o real conceito de estratégia


Conceito de Estratégia e Competitividade
A palavra estratégia possui origem grega, já que provém do grego strategos, que significa a ciência de ser um general. No início, estratégia se relacionava com a função de conduzir as forças militares para derrotar o inimigo, mas mesmo assim, a palavra sempre vinha acompanhada de componentes de planejamento e tomadas de decisões. Naquela época, estratégia era a arte de planejar, de executar movimentos visando alcançar e manter relativas posições de vantagem em relação ao exército inimigo.

Nos dias atuais, apesar de ser bastante comum o uso da palavra em diversos ambientes, a estratégia ainda é vista como um conjunto de ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição de vantagem em uma indústria ou grupo estratégico. Para Porter, a estratégia se trata de um mecanismo de defesa contra as forças competitivas do mercado (Cinco Forças de Porter), que atua de forma com que aumente as chances da empresa de obter um retorno maior sobre o investimento que fora realizado. Basicamente, a estratégia é o padrão ou plano que integra as principais metas organizacionais e planos de ação em um todo coerente, trazendo assim os resultados previamente esperados pela companhia e seus gestores.

Porter definiu estratégia como "a combinação dos objetivos que uma empresa persegue e os meios para atingi-los". Pode-se dizer, que a essência da estratégia está na maneira como a organização escolhe realizar suas atividades, sendo elas iguais ou não a concorrência. Importante lembrar também, que estratégia ainda pode ser definida como uma manobra ou planos de ações que partiram de uma intenção previamente estabelecidas. De certa forma é reconhecida como um posicionamento organizacional, podendo ter ocorrido de forma não intencional, ou surgido pela necessidade das condições percebidas no momento de sua concepção. É válido lembrar que não existe uma estratégia "absoluta" no âmbito empresarial.

As estratégias genéricas de Porter


Como citamos acima, as estratégias de genéricas de Porter foram elaboradas para enfrentar as cinco forças competitivas estabelecidas pelo próprio autor, assim como prover sustentação às estratégias de crescimento organizacional. Para Michael Porter, uma estratégia competitiva são ações defensivas e ofensivas que criam uma posição vantajosa para a organização, ou seja, são ações previamente desenvolvidas e planejadas pelas empresas para facilitar a adaptação das mesmas às características de seu ambiente externo. Ao todo, Porter apresenta três estratégias competitivas genéricas, que são:

> Liderança no custo total: Esta estratégia é implementada por companhias que procuram uma maior participação no mercado, reduzindo seus custos em relação ao dos concorrentes. Vale ressaltar, que quando implementada de forma correta, essa estratégia se torna uma excelente vantagem para a organização, pois os custos mais baixos otimizam a competição e o desempenho da companhia, criando uma maior flexibilidade diante da concorrência. Ser líder em custo também melhora o poder de negociação da empresa, além de proporcionar à mesma margens altas de lucro, que compensam prejuízos e viabilizam novos investimentos.

> Diferenciação: A estratégia de diferenciação proporciona a vantagem competitiva mediante a oferta de produtos e serviços que possuam a qualidade desejada pelos consumidores, mas que também, ao mesmo tempo, possuam características diferentes dos produtos já oferecidos pela concorrência. Essa estratégia auxilia a organização a focar seus esforços em um determinado grupo, segmento, ou mercado geográfico. A diferenciação como estratégia estimula a lealdade dos consumidores, neutralizando a facilidade da concorrência e a de entrada de novos concorrentes.

> Enfoque: A estratégia de enfoque visa um nicho de mercado especializado, uma vez que direciona seus esforços para as necessidades de um mercado restrito ou um tipo específico de consumidor. De certa forma, trata-se de uma abordagem de liderança de custo ou diferenciação em um ambiente competitivo. Por exemplo, com o enfoque no custo, a companhia busca explorar as diferenças existentes no comportamento dos custos em alguns segmentos. Já com o enfoque na diferenciação, a empresa procura se diferenciar de seu segmento, explorando necessidades específicas dos seus consumidores.

Conclusão - A estratégia competitiva de Michael Porter


Segundo Michael Porter, para que uma empresa obtenha vantagem competitiva, ela deve perseguir táticas específicas e escolher o escopo dentro do qual irá alcançá-las. Foi através dessa premissa que Porter desenvolveu as estratégias competitivas genéricas. O modelo proposto é de grande ajuda para as empresas que desejam se estabelecer em um mercado, pois permite analisar o grau de atividade de um determinado setor da economia. Vale ressaltar que uma das estratégias indicadas se encontra dentro da própria companhia, enquanto as outras ajudam a mesma a alcançar um entendimento mais efetivo do ambiente externo.


Recapitulando, as estratégias definidas como liderança no custo total, diferenciação e enfoque, permitem às empresas enfrentarem as cinco forças competitivas, alcançando também, um resultado superior ao da concorrência. Porém, não adianta fazer somente o estudo das estratégias propostas por Michael Porter. É muito válido interagir as estratégias acima citadas com outras ferramentas já conhecidas na administração, como por exemplo, a análise SWOT, o Ciclo PDCA e o 5W2H. O ideal é que a organização utilize o planejamento de modo eficaz, auxiliando suas ações na preparação em relação às atividades da concorrência, sempre com a finalidade de posicionar a empresa no mercado de modo mais vantajoso.

Para um melhor desempenho, é importante observar alguns fatores e aspectos que acarretarão em resultados mais positivos e relevantes para a empresa. Para isso, as estratégias devem ser sempre atualizadas, se possível constantemente (acompanhando as variações do mercado). Vale lembrar que a organização não deve subestimar sua concorrência externa, pois como foi dito antes, apesar de não serem do mesmo segmento, eles também podem atender às necessidades dos seus clientes (o que acarreta na perda de vantagens). Portanto, todos esses fatores devem ser considerados, cada um com sua devida importância para se tirar o máximo de proveito da estratégia competitiva de Porter.

Até a próxima pessoal!

Referências Bibliográficas:
CERTO, Samuel. Administração Estratégica. Makron Books, 1993.
PORTER, M. Estratégia Competitiva. Rio de Janeiro. Elsevier, 1986.
WRIGHT, P. & KROLL, M. Administração Estratégica: Conceitos. São Paulo. Atlas, 2009.

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