O conceito de cultura organizacional
O conceito de cultura organizacional diferente do próprio termo "cultura" em si, possui um sentido mais antropológico, explorando o lado humano de uma organização, a qual possui práticas, símbolos, valores, comportamentos, hábitos, políticas, crenças e princípios interagindo como um todo. A cultura organizacional tem como principal finalidade orientar os membros de uma organização, como se fosse um tipo especial de diretriz ou preceito que irá direcionar o comportamento das pessoas e suas atividades.
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O conceito de cultura organizacional é uma parte importante das ciências sociais, muito arraigada aos seus aspectos tradicionais, porém ela vem demonstrando um ótimo desenvolvimento ao longo dos últimos anos. De uma maneira geral, ela é vista dentro da empresa como uma série de normas e atitudes comuns aos indivíduos que trabalham nela, pois além de direcionar esses indivíduos, a cultura organizacional também serve para orientá-los sobre como devem interagir entre si, com os clientes e stakeholders do negócio em geral.
Níveis e aspectos da cultura organizacional
Eles são considerados os componentes visíveis de uma cultura organizacional, dentre os quais nós temos como exemplo: as políticas, estrutura, diretrizes, os métodos e procedimentos, os objetivos e a tecnologia adotada pela organização. Por outro lado, os aspectos informais que são considerados pouco perceptíveis ou ocultos, são os mais complicados de se compreender e interpretar, dentre eles nós podemos citar os sentimentos, atitudes e valores, por exemplo. Esses aspectos em sua maioria são orientados pela emoção e situações afetivas e são os que menos sofrem mudanças e transformações ao longo do tempo.
A cultura organizacional de uma empresa possui três níveis / elementos distintos, eles são os artefatos, os valores compartilhados e os pressupostos. Segue abaixo detalhadamente, a descrição de cada um dos níveis:
> Artefatos: São considerados o primeiro nível de uma cultura organizacional, pois são os mais superficiais e perceptíveis. Podemos dizer que os artefatos são as coisas concretas que cada um consegue ver dentro de uma organização, eles são os produtos, serviços e padrões que nos indicam visual e auditivamente como é a cultura organizacional da empresa. Os símbolos, heróis, rituais, histórias e cerimônias são exemplos de artefatos.
> Valores compartilhados: Os valores compartilhados são considerados o segundo nível da cultura de uma empresa. São os valores importantes para as pessoas que fazem parte da organização e que se tornam relevantes ao ponto de definir a razão pela qual os colaboradores fazem o que fazem (a atividade em si). É importante ressaltar que em diversas culturas organizacionais, os valores podem vir definidos desde os fundadores do negócio.
> Pressupostos: São considerados o terceiro nível de uma cultura organizacional. Eles são as pressuposições, sentimentos e crenças inconscientes das quais os colaboradores da empresa acreditam. A cultura de uma empresa consegue "prescrever" o modo como as atividades são realizadas, principalmente, por meio de pressuposições não escritas ou formalizadas. Os artefatos, valores compartilhados e pressupostos constituem os principais níveis (elementos) de uma cultura organizacional.
Símbolos, rituais e heróis de uma cultura organizacional
No modelo teórico concebido por Hofstede, os símbolos, heróis e rituais constituem as práticas (sub-elementos) da empresa, ou seja, as manifestações que se apresentam como resultado de sua cultura. Para o autor, existem elementos na cultura de uma empresa que só conseguem ser identificados a partir do convívio dos indivíduos entre si. Hofstede ainda ressalta que uma cultura forte é mais eficaz e possui um melhor desempenho do que as demais, pois ela gera um maior senso de união e colaboração entre os seus participantes, promovendo uma maior estabilidade organizacional em torno das metas da empresa.
Em relação aos tres sub-elementos, nós podemos dizer que os símbolos de uma cultura são as palavras, gestos e ações, onde possuem um significado especial dentro da organização. Já os heróis são os personagens que possuem um certo nível de prestígio dentro de uma cultura organizacional, servindo como modelo de comportamento para os demais membros. Vale salientar, que os heróis podem remeter à pessoas vivas ou mortas, assim como transmitir modelos positivos ou negativos das mesmas. Por fim, nós temos os rituais que são as atividades coletivas e socialmente indispensáveis. Todos os três sub-elementos rodeiam o que podemos chamar de núcleo da cultura organizacional, isto é, seus valores.
Características e importância da cultura organizacional
Como já fora explicado, a cultura organizacional se trata de um sistema de valores, crenças e diretrizes que são compartilhados pelos membros de uma organização, ela faz com que cada organização se diferencie uma das outras, tornando-se única de certa forma. De acordo com os autores da área, existem sete características determinantes numa cultura organizacional. Elas são: a inovação, atenção aos detalhes, orientação para os resultados, gestão de pessoas, orientação para as equipes, agressividade e estabilidade.
Além de apresentar as características acima citadas, uma cultura organizacional geralmente se apresenta de duas maneiras distintas dentro de uma organização. Ela pode se demonstrar como um subsistema que está interligado à estrutura, a estratégia e ao próprio sistema em si, ou como uma superestrutura que determina todos os demais componentes. A cultura organizacional faz referência aos comportamentos implícitos que contribuem para a formação de sentido e que também são responsáveis pelas características únicas de cada empresa.
Diversos são os fatores de importância de uma cultura organizacional dentro de uma empresa. Ela pode auxiliar na definição de limites para os colaboradores, na coerência nos atos dos empregados, na motivação no trabalho dos mesmos, entre outros aspectos. A cultura organizacional ainda ajuda a reduzir a incerteza no ambiente de trabalho, determinando a forma de como as atividades devem ser executadas. É importante salientarmos também que a cultura organizacional se trata de uma questão dinâmica, pois encontra-se suscetível à mudanças com o passar do tempo, já que sofre influência do ambiente externo.
Exemplificando, de acordo com diversos autores a cultura de uma empresa geralmente possui características estáveis, sendo determinadas historicamente (pelos fundadores) e construída socialmente (mantida pelos colaboradores). A cultura organizacional possui três dimensões interdependentes, que são as dimensões material (relação das pessoas com o ambiente), psicossocial (relação das pessoas entre si) e ideológica (relação das pessoas com os valores e normas). É válido ressaltarmos que "cultura organizacional" se trata de um conceito descritivo, ou seja, se refere apenas a forma como os colaboradores percebem as características da organização e não com fato de gostarem delas, ou não.
Além de apresentar as características acima citadas, uma cultura organizacional geralmente se apresenta de duas maneiras distintas dentro de uma organização. Ela pode se demonstrar como um subsistema que está interligado à estrutura, a estratégia e ao próprio sistema em si, ou como uma superestrutura que determina todos os demais componentes. A cultura organizacional faz referência aos comportamentos implícitos que contribuem para a formação de sentido e que também são responsáveis pelas características únicas de cada empresa.
Diversos são os fatores de importância de uma cultura organizacional dentro de uma empresa. Ela pode auxiliar na definição de limites para os colaboradores, na coerência nos atos dos empregados, na motivação no trabalho dos mesmos, entre outros aspectos. A cultura organizacional ainda ajuda a reduzir a incerteza no ambiente de trabalho, determinando a forma de como as atividades devem ser executadas. É importante salientarmos também que a cultura organizacional se trata de uma questão dinâmica, pois encontra-se suscetível à mudanças com o passar do tempo, já que sofre influência do ambiente externo.
Exemplificando, de acordo com diversos autores a cultura de uma empresa geralmente possui características estáveis, sendo determinadas historicamente (pelos fundadores) e construída socialmente (mantida pelos colaboradores). A cultura organizacional possui três dimensões interdependentes, que são as dimensões material (relação das pessoas com o ambiente), psicossocial (relação das pessoas entre si) e ideológica (relação das pessoas com os valores e normas). É válido ressaltarmos que "cultura organizacional" se trata de um conceito descritivo, ou seja, se refere apenas a forma como os colaboradores percebem as características da organização e não com fato de gostarem delas, ou não.
Conclusão - Cultura Organizacional
Devido ao seu papel na tomada de decisões, é de conhecimento mútuo que os gerentes e executivos são peças de grande valor na propagação da cultura organizacional dentro de uma empresa. Entretanto, os principais fomentadores da cultura organizacional são os líderes de setores, uma vez que eles são os mais próximos dos colaboradores, clientes e fornecedores do negócio. Pode-se dizer que líderes são os principais responsáveis por transmitir os valores, preceitos e visão da empresa para os outros que interagem com a organização.
Resumindo, a cultura organizacional é um conjunto de hábitos, crenças e valores, que por sua vez, são estabelecidos através de normas, princípios, atitudes e perspectivas compartilhadas pelos colaboradores de uma empresa. Basicamente, ela constitui o modo de pensar e agir da companhia (sendo um dos principais fatores que diferencia uma empresa das demais). Podemos dizer também que a essência da cultura de uma empresa é a própria maneira como a mesma realiza seus negócios, lida com seus clientes e colaboradores e o grau de lealdade que eles transmitem para com a organização.
Portanto, é a cultura quem define as normas que irão orientar a empresa no cumprimento dos seus objetivos. No fundo, é a própria cultura que auxilia a administração estratégica da organização, fomentando sua missão e estabelecendo seus objetivos. Como dito antes, é importante lembrarmos que a cultura pode sofrer mudanças ao decorrer do tempo. Diversos autores sugerem que a revitalização e a inovação são fatores essenciais para uma empresa e que na maioria das vezes só são realizadas através de mudanças na própria cultura organizacional. Terminamos por aqui pessoal. Continuem ligados na gente, o seu Portal da Administração!
Até a próxima pessoal!
Referências Bibliográficas:
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Campus, 1999.
GEERT, Hofstede. Cultura e Organizações. Editora Sílabo, 1993.
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012.
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Resumindo, a cultura organizacional é um conjunto de hábitos, crenças e valores, que por sua vez, são estabelecidos através de normas, princípios, atitudes e perspectivas compartilhadas pelos colaboradores de uma empresa. Basicamente, ela constitui o modo de pensar e agir da companhia (sendo um dos principais fatores que diferencia uma empresa das demais). Podemos dizer também que a essência da cultura de uma empresa é a própria maneira como a mesma realiza seus negócios, lida com seus clientes e colaboradores e o grau de lealdade que eles transmitem para com a organização.
Portanto, é a cultura quem define as normas que irão orientar a empresa no cumprimento dos seus objetivos. No fundo, é a própria cultura que auxilia a administração estratégica da organização, fomentando sua missão e estabelecendo seus objetivos. Como dito antes, é importante lembrarmos que a cultura pode sofrer mudanças ao decorrer do tempo. Diversos autores sugerem que a revitalização e a inovação são fatores essenciais para uma empresa e que na maioria das vezes só são realizadas através de mudanças na própria cultura organizacional. Terminamos por aqui pessoal. Continuem ligados na gente, o seu Portal da Administração!
Até a próxima pessoal!
Referências Bibliográficas:
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Campus, 1999.
GEERT, Hofstede. Cultura e Organizações. Editora Sílabo, 1993.
MAXIMIANO, Amaru. Teoria Geral da Administração. Atlas, 2012.
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