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As cinco doenças fatais na administração

As principais doenças na Administração, segundo Deming.


As doenças fatais da administração

Segundo William Edwards Deming, muitos profissionais sabem o que fazer para melhorar seu desempenho, se desenvolver e alcançar maiores patamares dentro da organização, mas infelizmente devido a diversos fatores, preferem deixar para os outros fazerem. Aproveito para completar esta afirmação dizendo que não apenas muitos sabem o que fazer, mas preferem deixar para os outros fazerem, e ainda assim não gostam quando os outros fazem (tomam a iniciativa). Essas pessoas pensam que também poderiam ter feito e com isso a proatividade do vizinho incomoda, gerando um círculo vicioso de inveja e insatisfação.



Muito devido a sua própria desmotivação, eles também preferem que ninguém faça nada, por isso quando alguém se apresenta para fazer, essa pessoa logo é criticada, boicotado, taxada de adjetivos e suprimida da empresa.“Eu não farei nada para melhorar e também não colaborarei com ninguém que queira fazer algo para melhorar.” Esse é o pensamento desse tipo de pessoa. As cinco doenças fatais da administração são tão comuns e tão presentes em nosso dia-a-dia, que se torna impossível comentar sobre uma sem entrar na doença seguinte. Elas estão, de certa forma, interligadas entre si mesmo sendo interdependentes. 

1. Falta de Objetivo

A falta de objetivo constante de uma empresa que não pensa num futuro e que não tem um planejamento estratégico de médio e longo prazo, são situações comuns. Empresas que visam somente “fechar o faturamento no final do mês”, produzindo de forma alucinante e exigindo dos funcionários até mesmo o que eles não têm condições de fazer, trabalham sem saberem o real objetivo. Essas pessoas trabalham somente porque são obrigados a trabalhar, seja pelos seus superiores, ou para terem forma de sustento. O resultado disso é que a empresa e o funcionário possuem um futuro incerto a cada mês, sempre dependente do seu faturamento.

2. Baixa Qualidade

Como comentei que as doenças são interdependentes, pode-se perceber que a necessidade de faturamento a todo custo obriga os funcionários a produzirem de qualquer forma e, em muitos casos, sem qualidade, entrando na próxima doença exposta por Deming: produtos ruins. Esses produtos são despachados a qualquer custo, pois não existe planejamento estratégico visando uma diferenciação da empresa no mercado, como também não existe uma iniciativa ou um trabalho de marketing visando novos mercados. Para essa organização interessa somente o lucro imediato, ou seja, novamente voltamos à estaca do faturamento.

3. Avaliação de Desempenho Ineficiente

A avaliação de desempenho premia uns em detrimento de tantos. Ela estimula a competição, o individualismo, a segregação. Até mesmo quando a avaliação é informal, ela causa mal estar entre todos, pois elimina o espírito de equipe e grande parte dos seus aspectos. Deming afirma que a avaliação de desempenho deve possuir regras claras e objetivas, acordadas desde o início do processo de avaliação. Uma avaliação tendenciosa e sem critérios faz com que o funcionário perca a motivação e busque outras colocações no mercado de trabalho.

4. Falta de Conhecimento

Acredito que esta doença dita por Deming, que é a avaliação de desempenho, está intrinsicamente ligada à mobilidade da administração, ou seja, não conhecer os problemas do dia-a-dia da empresa. Muitos colaboradores apenas conhecem aquilo que se é dito e nem sempre todas as verdades são para todos os ouvidos. Não se envolver com os problemas da empresa desde a raiz cria a situação exposta acima, a respeito de somente poucos ganharem em detrimento do esforço de muitos. A maioria das pessoas, infelizmente, não percebe que o esforço de toda a administração é baseada em controles, indicadores e performances, mas que nem sempre esses controles se traduzem na realidade.

5. Pouco Planejamento

Este ponto acima nos leva, por fim, à quinta e última doença dita por Deming, que é a utilização de dados visíveis. Despachar produtos a qualquer custo, encaminhar para os clientes produtos de qualidade duvidosa, nos faz perguntar: “o quanto somos prejudicados quando algum cliente reclama? Compensa corrermos o risco de perdermos o Cliente apenas visando o faturamento fácil? De quanto será o prejuízo com uma reclamação do mesmo?”. Com isso, podemos nos perguntar “tal Cliente ficou satisfeito com nossos prazos e com nossa qualidade? O que isso pode gerar de negócios futuros para nós? Qual impacto terá na empresa esta satisfação obtida?” Sendo assim, percebe-se novamente que as cinco doenças fatais da administração, expostas por Deming, estão interligadas e são interdependentes.

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